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O incêndio mobilizou várias equipes do Corpo de Bombeiros e dezenas de voluntários. O incêndio demorou 10 dias para ser controlado. Agora é hora de contabilizar os prejuízos. Os pesquisadores do Jardim Botânico de Poços de Caldas vão iniciar um estudo.
Na região, foram identificadas pelo menos 10 espécies da flora em extinção. Uma delas só existe na área e após o incêndio, ela pode ser extinta. A Phlegmariurus Regnelli, de tão rara, sequer possui nome popular. No ano passado, pesquisadores estiveram no local e encontraram apenas 50 exemplares da espécie.
Agora o incêndio atingiu as formações rochosas onde a planta, que é uma espécie de samambaia, se desenvolve. A estimativa é que 90% das áreas onde ela habitava tenham sido queimadas.
“A gente consegue fazer agora um levantamento de indivíduos, sobraram, restaram tantos indivíduos. Agora, a recuperação do local isso é a médio e longo prazo, saber se essas plantas vão rebrotar ou não”, disse o diretor-técnico científico do jardim botânico, Eric Arruda Willians.
No Jardim Botânico, há um exemplar da espécie que foi retirado da reserva após um crime ambiental. Há 3 anos, pesquisadores tentam reproduzi-la em laboratório, mas por enquanto sem sucesso. O trabalho para mapear novamente toda a reserva deverá levar dias. Já a recuperação de toda a reserva, deve levar anos.
“Se ele foi perdido, pode ser que algumas espécies tenham se perdido para sempre. Nós ainda não sabemos, estamos orando para que não, vamos averiguar, ver se há alguma espécie que tenha sobrevivido e também vamos ver depois se a gente consegue de uma maneira ou de outra recuperar alguns ambientes. Mas a recuperação vai depender mais da natureza do que de nós”, disse o presidente da Aliança Pedra Branca, Daniel Tygel. (Do G1/MG)