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Segundo o Departamento de Estado dos EUA, os EUA pretendem estabelecer uma missão permanente como “observadores” nesse organismo.
“Não foi uma decisão fácil e reflete as preocupações dos EUA com pagamentos em atraso na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e a continuidade do viés anti-Israel na Unesco”, informou o departamento.
Reação da Unesco
A entidade lamentou publicamente a saída dos EUA como país membro da organização.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse lamentar profundamente a decisão dos EUA de se retirar da entidade, após ter recebido a notificação oficial do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson.
Bokova acrescentou que a decisão dos EUA marca uma perda para o multilateralismo e para a “família das Nações Unidas”.
Adesão da Palestina
Os EUA reduziram substancialmente suas contribuições em dinheiro para a Unesco em 2011, em protesto contra a decisão de permitir o ingresso pleno dos palestinos na entidade.
Na época, o financiamento norte-americano equivalia a pouco mais de 20% das verbas totais da Unesco. A Unesco foi a primeira agência da ONU em que os palestinos buscaram integração como membro total.
EUA, Canadá e Alemanha votaram contra. Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul e França, entre outros, votaram a favor. O Reino Unido se absteve.
Saída de Israel
No ano passado, Israel anunciou a suspensão de sua cooperação com a Unesco, um dia depois de uma votação criticada pelos israelenses sobre um local sagrado de Jerusalém. Do ponto de vista israelense, a decisão seria uma negação do vínculo milenar entre os judeus e a cidade.
Na resolução aprovada pelos estados membros da Unesco, Israel foi criticada por restringir o acesso de muçulmanos a um local, reverenciado por judeus e muçulmanos, que é conhecido por judeus como Monte do Templo e por muçulmanos como al-Aqsa our Haram al-Sharif. (Do G1)