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O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,38% em agosto, na comparação com julho. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes).
Quando comparado a agosto de 2016, porém, o IBC-Br aumentou 1,64% (neste caso, sem ajuste sazonal).
De acordo com o BC, agosto foi o terceiro mês de 2017 com queda da atividade em 2017. Os números foram revisados pelo BC neste mês.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,6%, mas registrou alta nos três primeiros meses deste ano (+1%) e também no segundo trimestre (+0,2%).
O governo estima atualmente que a economia brasileira vai registrar crescimento de 0,5% em 2017, mas o BC vê uma alta maior, de 0,7%. Para o mercado financeiro, a expectativa é de um crescimento da ordem de 0,72% para a economia neste ano.
- No acumulado de janeiro a agosto, o indicador do nível de atividade registrou alta de 0,31%, sem o ajuste sazonal, pois considera períodos iguais de tempo. Com o ajuste, o aumento foi de 0,42%.
- No acumulado de 12 meses até agosto, porém, a prévia do PIB registrou queda de 0,89% (sem ajuste, a queda foi de 1,08%).
IBC-Br e Definição dos juros
O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB.
O cálculo dos dois é um pouco diferente – o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O indicador é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 8,25% ao ano e a estimativa do mercado é de que recue para 7% ao ano no fim de 2017.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2017 e 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida. (Do G1)