O estudante de 14 anos que atirou dentro de sala de aula deixou na segunda-feira (22) a Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ele seguiu para um centro de internação para cumprir a decisão que termina a internação provisória de 45 dias. Os tiros causaram a morte de dois colegas e deixaram outros quatro feridos.
“O adolescente foi encaminhado para um centro de internação e agora está sob a égide do Poder Judiciário. A partir de agora, o juiz é que define o período de internação”, disse o titular da Depai, delegado Luiz Gonzaga Júnior.
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Filho de policiais militares, o adolescente estava em uma cela separada. A advogada que representa a família do estudante, Rosângela Magalhães, havia contado que o adolescente “está arrependido”.
“Ele está abalado, como o pai, a mãe, todo mundo. A mãe está internada, o pai visivelmente não está bem. Ninguém imaginava que isso pudesse acontecer”, disse a advogada.
O pai do menino prestou depoimento na Depai na manhã desta segunda. “Ele [pai] estava sereno, tranquilo, mas muito abalado com o que aconteceu. Ninguém sabia que ele [filho] sofria bullying, foi uma surpresa para todos”, disse o escrivão Marcos Paulo Passos, que colheu o depoimento.
Após a oitiva, o pai não quis falar sobre o assunto com a imprensa. “Eu pretendo falar em outra oportunidade, em outro momento”, disse.
A advogada da família contou ainda que a mãe do adolescente está internada desde o dia do atentado no Colégio Goyases, na última sexta-feira (20). Por isso, ela ainda não viu o filho desde que a tragédia aconteceu. A advogada não informou em qual hospital a cliente está e disse não saber se há previsão de alta.
O que se sabe até agora:
Veja a sequência dos fatos:
- Colegas relatam que ouviram um barulho
- Em seguida, os alunos viram o adolescente tirando a arma da mochila e atirando
- Alunos correram para fora da sala de aula
- O aluno descarregou um cartucho, carregou o segundo e deu um tiro, mas foi convencido pela coordenadora a travar a arma
- Estudante foi levado para a biblioteca até a chegada dos policiais
- Fonte: G1