A expulsão contra a Chapecoense, em 18 de outubro, ainda é assunto na vida de Elias. Após levar dois amarelos em menos de quatro minutos e prejudicar o Atlético naquela partida – o Galo perdeu por 3 a 2 -, o volante deve voltar ao time no próximo domingo, às 17h, contra o Botafogo, no Independência. E a expectativa do volante é deixar o campo de forma bem diferente do que aconteceu diante da equipe catarinense.
Contra a Chape, Elias deixou o campo sob xingamentos de parte da torcida. A rápida expulsão na etapa final dificultou uma reação alvinegra no confronto. Ele assumiu a responsabilidade pelo fato incomum na carreira.
“Eu encaro de forma normal as críticas. Elas servem para a gente melhorar. Antes disso, eu sempre faço uma autoanálise do que estou fazendo e daquilo que eu posso melhorar. Vai ser sempre assim, até o final da minha carreira. Infelizmente, no jogo contra a Chapecoense, a responsabilidade foi quase toda minha, devido à expulsão. Algo que nunca aconteceu na minha carreira e aconteceu agora. Aceito as críticas e vou procurar melhorar para que eu não possa deixar mais a equipe na mão e não possa ser o responsável por futuras derrotas. Quando acontecer isso, que seja de forma coletiva”, garantiu Elias.
O jogador, inclusive, afirma que pediu desculpas ao técnico Oswaldo de Oliveira e ao grupo de jogadores atleticanos. “Chamei ele de canto no treinamento e falei sobre minha insatisfação de ter deixado a equipe na mão numa fase decisiva. No meu histórico de carreira, isso nunca aconteceu e eu me cobrei muito. Eu devia a ele, que é chefe da nossa equipe, um pedido de desculpa e em nome do grupo também por ter feito essa besteira de ter deixado a equipe com dez jogadores. Eu me cobro muito. Conversei com o Oswaldo sobre isso e deixei bem claro que, desta forma, não vai mais acontecer”, continuou.
Repercussão negativa
As críticas dos torcedores se acentuaram especialmente após uma declaração dada pelo volante à Fox Sports. Durante entrevista ao canal de televisão, Elias declarou que deseja encerrar a carreira no Corinthians, clube que defendeu anteriormente. “Sou de São Paulo e só vejo um time para jogar lá: o Corinthians. Quero encerrar minha carreira no Corinthians”, disse.
Ele explicou a declaração, afirma que foi mal interpretado e disse que foco está totalmente voltado para o Atlético e a sequência no clube na próxima temporada.
“Às vezes, a gente fala algumas coisas e acaba sendo mal interpretado. Falei que tenho vontade um dia. Isso não quer dizer que vai ser na próxima temporada ou daqui a dois anos, a gente nunca sabe. Falei que tenho sonho de encerrar no Corinthians, mas tenho mais seis ou sete anos de futebol, se eu estiver atuando em bom nível ainda. Isso acabou gerando muita revolta do torcedor atleticano, um torcedor que sempre me apoiou, desde a minha chegada. Eles acabaram interpretando de uma forma errada. Mas, assim como dei margem para expulsão, dei margem para o torcedor entender de uma forma negativa. Minha cabeça sempre foi ficar aqui no Atlético. Até por isso, queria um contrato de quatro anos, mas só foi possível de três. Quero que o torcedor saiba que minha cabeça está 100% focada aqui, estou muito feliz aqui. Claro, tenho saudades de São Paulo, dos meus filhos que estão lá, mas escolhi isso para minha vida. Escolhi ser feliz aqui, escolhi vencer aqui, conquistar grandes títulos, para que eu possa entrar de vez na história do clube”, disse.
Apesar das reclamações, Elias é um dos jogadores mais regulares do Atlético na temporada 2017. Titular durante todo o ano e com os três técnicos que comandaram o time, o volante jogou 48 partidas neste ano e marcou dez gols. (informações do SuperEsporte)