Em 31 de outubro de 1902 nascia em Itabira um dos maiores poetas brasileiros, Carlos Drummond de Andrade. Em sua homenagem, sua terra natal, realiza até hoje o Festival Drummond, a 1ª Festa Literária de Itabira, que começou no sábado (28) passado.
E nesta terça-feira (31), o festival terá bate papo com Walter Lara, palestra com Ronaldo Simões e show musical Danuza Menezes. (Confira programação abaixo)
Os locais escolhidos para a realização do Festival Drummond foram o Memorial Carlos Drummond de Andrade, projetado por Oscar Niemeyer e a Concha Acústica localizados no Pico do Amor, no bairro Campestre.
O Festival Drummond tem o objetivo de alimentar a identidade cultural do itabirano, fortalecendo sua autoestima e estimulando o amor e o orgulho de Itabira ser a terra do poeta maior.
VEJA AS ATRAÇÕES DO ÚLTIMO DIA DO FESTIVAL
Elizete Lisboa – Bate-papo
31/10 – 10 horas
Elizete Lisboa é mineira e mora em Belo Horizonte. Formou-se em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais. Já publicou outros livros por Paulinas: Que será que a bruxa está lavando? e A bruxa mais velha do mundo.
Hoje os livros de Elizete Lisboa, com duas escritas (escrita comum lado a lado com o braille) são de grande importância para a criação de uma escola inclusiva, de uma sociedade inclusiva no Brasil.
Ronaldo Simões – Palestra
31/10 – 17 horas
Ronaldo Simões Coelho nasceu em São João del-Rei em 16 de abril de 1932. É um psiquiatra e escritor brasileiro. Formou-se em medicina pela UFMG em 1959 e se especializou em psiquiatria, estando ainda em pleno exercício da profissão.
É também escritor de literatura infantil, atualmente com cerca de 50 livros publicados. Alguns de seus livros foram recomendados pela Biblioteca Internacional da Juventude de Munique e publicados em países de língua espanhola. Pela Editora Baobá, publicou “O lobisomem que quase morreu de medo” e “Chuva chuvisco” e “Amanhecer na roça”.
Walter Lara – Bate-papo
31/10 – 17 horas
É artista plástico e ilustrador.
Autor dos livros ‘O Artesão’, ‘Como nascem os pássaros azuis’ e ‘Na biblioteca da Rua Direita’, todos pela Editora Abacatte.
Já ilustrou dezenas de publicações, incluindo de autores como Antonio Skármeta, Maurice Druon, Malba Tahan, Bartolomeu Campos de Queirós, Pedro Bandeira e Castor Cartelle.
Foi finalista do ‘Prêmio Jabuti’ [2013, 2001]. Recebeu a menção de ‘Altamente Recomendável’ pela Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil [2014, 2011, 2001, 1996].
Esteve entre os ‘30 Melhores Livros do Ano’, da Revista Crescer [2011]. Foi incluído no Dicionário Iberoamericano de Ilustradores, pela Fundação SM/FNLIJ [2013]. E também no livro ‘A Arte de Ilustrar Livros para Crianças e Jovens no Brasil’, publicado pela FNLIJ em 2013.
Participou da exposição de ilustrações ‘Incontáveis linhas, incontáveis histórias’ na Feira de Bolonha [Itália, 2014], na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Moscou [Rússia, 2014], na Biblioteca Central Lermontov, em São Petersburgo [Rússia, 2014], na Bienal Internacional do Livro de São Paulo [Brasil, 2014] e no Espaço Cultural Eliseu Visconti da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, no mesmo ano.
Especialista em pintura e ilustração científica de animais, tem dois painéis de grandes dimensões em exposição permanente no Museu de Ciências Naturais da PUC–MG, em Belo Horizonte, além de outros em várias Áreas de Preservação Ambiental em Minas Gerais.
Angelo Oswaldo
31/10 – 19 horas
Angelo Oswaldo de Araújo Santos é presidente do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, vinculado ao Ministério da Cultura. Jornalista, escritor e advogado, foi prefeito de Ouro Preto, MG (1993-1996/2005-2008/2009-2012) e secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais no Governo de Itamar Franco (1999-2002). Exerceu, interinamente, o cargo de ministro da Cultura do Brasil, e dirigiu o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN.
Nasceu em Belo Horizonte, em 7 de dezembro de 1947, filho de Maria Clélia de Araújo Santos e Christino Teixeira Santos. É neto de José Oswaldo de Araújo, ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente da Academia Mineira de Letras.
Formou-se em Direito pela UFMG, em 1971, e cursou o Instituto Francês de Imprensa, em Paris, como bolsista do Governo da França (1973-75).
Ainda estudante universitário, começou a atuar no jornal “Estado de Minas”, no qual exerceu diversas funções como redator e editor de cultura. Colaborou com o “Jornal do Brasil”, “Folha de São Paulo”, Rede Globo Minas e Canal 23 de Belo Horizonte, em diferentes oportunidades. Editou o Suplemento Literário de Minas Gerais, entre 1971 e 73. Na França, publicou no “Le Monde” e foi colaborador da editora Gallimard, na seleção de autores estrangeiros.
Publica textos em livros, jornais e revistas, no País e no exterior. Conselheiro da Fundação de Arte de Ouro Preto, FAOP (1971-81), foi secretário municipal de Turismo e Cultura da antiga capital mineira (1977-83).
No Ministério da Cultura, foi secretário do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, chefe de Gabinete do Ministério e ministro de Estado interino, na gestão do professor Celso Furtado, governo José Sarney.
Eleito prefeito de Ouro Preto em 1992, cumpriu o mandato de 1993 a 96. Foi reeleito em 2004 e 2008. Exerceu, também, dois mandatos consecutivos de membro do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Brasil (1994-2002), nomeado pelos presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Foi curador da exposição “Brasil Barroco”, no Museu do Petit Palais, Paris, no inverno de 1999, com notável repercussão. É autor de textos de apresentação de numerosos artistas contemporâneos.
Cumpriu missões no exterior, como representante do governo brasileiro ou convidado pela fundação Getty de Los Angeles, Unesco, União Latina e Instituto de Cultura Latino-Americana de Berlim, além de ter firmado o convênio que criou a Organização das Cidades do Patrimônio Mundial, no Marrocos, em 1993. Foi condecorado pelos Governos de Portugal (Ordem do Infante Dom Henrique), França (Legião de Honra e Ordem das Artes e das Letras) e Espanha (Ordem de Isabel, la Católica).
É membro da Academia Mineira de Letras, sucessor de Oscar Dias Correia na cadeira que tem como fundador Alphonsus de Guimaraens e patrono, Aureliano Lessa, sendo acadêmico-correspondente da Academia de Belas Artes de Lisboa e efetivo da Academia Brasileira de Artes. É sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, cadeira 45, que tem como patrono Evaristo da Veiga, e sócio-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas (2009-2012) foi também vice-presidente da Rede de Cidades Barrocas da América Latina.
Angelo Oswaldo é o atual Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais.
Danuza Menezes – Show
31/10 – 21 horas
Nos seus 15 de carreira traz uma bagagem artística significativa. Tanto em shows, como em estúdios de gravação já atuou com expressivos artistas da nossa música popular brasileira, como: Ludica Música, Dominguinhos,Wagner Tiso,Celso Adolfo, Marcello Dinis, Marku Ribas, Milton Nascimento, Pedro Luís, Naná Vasconcelos, Vander Lee, Marcos Suzano, Titane e tantos outros.
Tem se especializado nos cantos populares e nos instrumentos de percussão ligados a manifestações da cultura popular como o pandeiro, tambor, patangome e zabumba.
É integrante da Banda de Maurício Tizumba, Alexandre Az, Tino Gomes, Harém da imaginação e Tempera Viola.
Criou o grupo Pandeiro Mineiro, que nasceu da sua oficina e desponta hoje na nova cena musical mineira.
É formada em educação física (ufmg), professora de percussão ( pandeiro e tambor mineiro) do Meia Ponta Espaço Cultural Ambiente, da Oficina de música Celinha Braga.
Em 2004 ministrou oficinas e fez shows em Denver a convite da Partiners of American. Foi integrante da Cia Catibrum de Teatro de bonecos, Meia Ponta Cia de Danças e Camaleão do Núcleo Artístico.
Pandeiro Mineiro – Show
31-10 – 21 horas
O som de vários pandeiros ressoa celebrando os diversos ritmos que formam e temperam a música brasileira.
Com um repertório variado e bem brasileiro, fazem releituras de clássicos da MPB, destaques da música contemporânea e os talentos vindos das terras mineiras.
Antenados no que está acontecendo hoje e propondo novas leituras sonoras o grupo vem trazendo um sopro de espontaneidade e alegria. Irreverência, originalidade e surpresa é o que apresenta nos seus shows.
No ano de 2009 o grupo foi selecionado pelo Fórum da Música, dentro do Projeto Música Minas para representar Minas Gerais em apresentações no Rio de Janeiro e São Paulo.
2010 e 2011 participaram também de importantes projetos:
Sons & Tons, Quarta Cultural (Metrô) realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, projeto ZAZ, Para Todos ( Conservatório UFMG) e Festival de Inverno de Ouro Branco, de folclore Sesc-MG., Sesc – Grussaí, entre outros
Os próximos passos do Pandeiro Mineiro são uma conseqüência natural do que vêm apresentando e da capacidade de envolver o público, e trocar experiências.
Enfim, o Pandeiro Mineiro quer correr mundo e levar sua arte por todos os cantos.
*Fonte: www.festivaldrummond.com.br