O dólar fechou am alta ante o real nesta terça-feira (7), encostando no patamar de R$ 3,28, com o mercado mais preocupado com a agenda econômica do governo no Congresso após o presidente Michel Temer admitir que a reforma da Previdência pode não sair do papel.
A moeda norte-americana avançou 0,55%, vendida a R$ 3,277, depois de bater a máxima de R$ 3,2893 no dia. Veja a cotação
Na noite passada, Temer reuniu-se com líderes da base aliada da Câmara dos Deputados e deu sinais de que a reforma da Previdência pode não ser aprovada.
“Vou insistir, vou me empenhar, mas concordo que, sozinho, o governo não tem condições de aprovar a reforma da Previdência”, afirmou Temer ao Blog do Valdo Cruz. O presidente, entretanto, disse ainda que se manterá empenhado no tema, mesmo que seja para aprovar a reforma parcialmente.
Nos últimos dias, o mercado já vinha se mostrando mais cauteloso com a possibilidade de o governo não conseguir tirar a reforma da Previdência do papel, tanto pela aproximação do ano eleitoral de 2018 quanto pelo desgaste político no Congresso Nacional após Temer ter negociado com a base para segurar denúncias contra ele.
A reforma é essencial para ajudar no controle das contas públicas. Nas três semanas anteriores, o dólar acumulou alta de 5% frente ao real, o que levou a uma correção parcial no pregão passado.
“Por enquanto, o dólar ainda deve respeitar o teto de R$ 3,30. Temos que ter cautela para operar esse nível”, afirmou à Reuters o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
Na edição desta semana do relatório Focus do Banco Central, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 subiu de R$ 3,19 para R$ 3,20.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e os pesos chileno e mexicano.
Na véspera, o dólar caiu 1,45% e fechou cotada a R$ 3,2590, maior queda desde 19 de maio.
No ano, o dólar acumula valorização de 0,84% frente ao real.
G1