O Atlético entrou em acordo com o Grêmio e quitou totalmente a dívida que tinha com o clube gaúcho relativa à compra do goleiro Victor, em 2012. Por consequência, todas as pendências judiciais e arbitrais que existiam em Porto Alegre e Belo Horizonte foram sanadas.
Em 2012, o Atlético desembolsaria 3 milhões de euros (cerca de R$ 7,6 milhões à época) pela compra do Victor, e ainda repassou ao Grêmio 50% dos direitos econômicos do zagueiro Werley. O Galo quitou apenas a metade do valor: 1,5 milhão de euros. Até alguns meses atrás, segundo o clube gaúcho, a dívida estava avaliada em R$ 14 milhões, por conta de juros e correções monetárias.
Uma sentença do juiz do Rio Grande do Sul, Sandro Silva Sanchotene, reconheceu a dívida do Atlético com o Grêmio. Diante disso, coube ao clube mineiro fazer um acordo para evitar que o valor aumentasse ainda mais.
Por conta da pendência que existia com o Grêmio, o Atlético teve bloqueados em agosto R$ 10.508.626,19 relativos à venda de Lucas Pratto ao São Paulo no começo do ano. Esse valor correspondia a uma parcela da transferência do argentino, fechada em cerca de 6,2 milhões de euros (R$ 20,6 milhões).
Segundo Lásaro Cândido Cunha, diretor jurídico do Atlético, o acordo foi muito positivo para o Atlético. “Foi ótimo, porque encerra todo tipo de ação e os bloqueios acabam. O Atlético pagou o que tinha que pagar, o Grêmio compensou o que tinha que compensar. O desbloqueio (do dinheiro do Lucas Pratto) já ocorreu. E o Atlético não deve nenhuma prestação. Nada. Tudo foi resolvido, não tem mais pendência nenhuma”.
Devido a cláusulas de confidencialidade, Lásaro evitou citar os valores quitados pelo Atlético. A imprensa gaúcha publicou que o montante acertado foi de R$ 9,5 milhões. O fato é que o acordo tirou uma ‘faca do pescoço’ do Galo. “Se não houvesse acordo, a execução lá em Porto Alegre chegaria a valores muitos, era objeto de penhora, e ficaria uma situação muito complicada. Estava muito desfavorável contra o Atlético. O Grêmio tinha uma execução, além do desgaste entre os clubes, que sempre tiveram relação muito boa. Isso acabou e está tudo resolvido”, disse Lásaro Cunha, ao Superesportes.
Werley
Enquanto o Grêmio cobrava na Justiça o pagamento das pendências relativas ao goleiro Victor, o Atlético questionava os gaúchos por empréstimos seguidos do zagueiro Werley a Santos e Figueirense. A diretoria alvinegra entendia que também deveria receber por essas cessões. Todas essas arestas também foram aparadas no acordo entre os clubes.
”No caso do Grêmio a questão era complexa porque o Grêmio não reconhecia o caso do Werley, era uma discussão complexa. Ele não constou na operação (do Victor), mas ele compunha o quadro de operação. Fomos obrigado a promover uma ação para obrigar o Grêmio a participar de um juízo arbitral, mas isso também foi sanado”, concluiu Lásaro. (Informações do SuperEsporte)