Era uma chance importante do Atlético se aproximar, mais uma vez, do G-7 do Campeonato Brasileiro. A Arena Fonte Nova, em Salvador, recebeu um bom público, que acreditou na vitória do Bahia, time que lutava com o Galo pelas mesmas ambições na Brasileirão. Mas numa tarde de expectativa em bom futebol, o Atlético não jogou o que pode e, mais uma vez, saiu de campo decepcionando a torcida, ao empatar em 2 a 2 com o Tricolor de Aço.
Poderia ter sido pior, mas num esporte em que o coletivo impera, foram dois personagens individuais que salvaram o Atlético de um desastre. Robinho e Victor, os únicos que regularam de forma positiva em uma tarde de futebol pobre do Galo. De positivo, a certeza de que a troca de comando no alvinegro trouxe para Robinho uma nova fase: mais do que decisivo, o craque parece estar em sintonia de clima com o clube.
Mas neste domingo (12), os companheiros de Robinho e Victor não estavam na mesma sintonia dos craques. Com o sistema defensivo novo, principalmente por causa dos destaques, o Atlético mostrou um futebol pobre, foi envolvido com facilidade, principalmente pelas laterais, e mesmo tendo chances de sair com um placar positivo, foi improdutivo. E o pior: esta não é uma novidade para o torcedor alvinegro, que viu o time acumular resultados complicados nesta edição do Brasileirão.
Individuais. Realmente era um jogo de destaques individuais. Tanto que o Bahia, apesar de ter mais posse de bola e controlar as ações do jogo, viu a festa da torcida ser esfriada com um lance genial de Robinho logo aos 4 minutos. Ele recebeu belíssimo lançamento de Valdívia, à frente da zaga e bateu colocado, por cima do goleiro, para abrir o placar. Contudo, o primeiro tempo do Galo se resumiu a isto.
Na segunda etapa, o Bahia, que já tinha feito por merecer, também foi premiado pelo seu destaque individual. Edgar Junio, que nos últimos sete jogos havia feito sete gols, foi o nome do Tricolor de Aço. Ele empatou, aos 9 minutos, cobrando um pênalti juvenil cometido por Bremer.
Aos 18, o atacante fez a virada mais uma vez em um lance que a arbitragem precisou intervir corretamente. Após cobrança de falta, ele se antecipou à zaga atleticana, que ficou marcando a bola e, de cabeça, colocou o Bahia na frente, acendendo a esperança de quase 29 mil tricolores na Fonte Nova.
Determinado, Robinho ainda descontou para o Atlético, aos 28 minutos, fazendo um golaço após lançamento de Luan, que veio de banco. Mas o 2 a 2 no placar foi pouco para um time que de tanto derrapar no Brasilerão, vai vendo o sonho da Libertadores, que um dia foi do título, ficar cada vez mais distante.
Na próxima quarta-feira, às 21h45, o Galo tem mais uma chance, em mais um duelo contra um concorrente direto, de continuar sonhando com a vaga na principal competição do nosso continente. Mas, para isso, vai ter que mostrar muito mais futebol e coletividade contra o Vasco, no São Januário. (Informações do O Tempo)