Uma noite em que o grito principal das arquibancadas foi de “Ô, o Coelhão voltou!” e “é campeão!”. Assim foi a terça-feira (14) no Independência, antes, durante e depois do duelo que terminou com vitória do América, por 1 a 0, sobre o Juventude, válido pela 36ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Os mais de 10 mil torcedores que pagaram ingresso, inclusive, fizeram a Arena receber o maior público da equipe na Divisão de Acesso.
O triunfo diante os gaúchos manteve o time mineiro na liderança da competição, e fez ampliar a distância para o vice-líder, Internacional, que empatou em 0 a 0 com o Oeste, no interior paulista. Com 69 pontos, o alviverde precisa de mais uma vitória para levantar o caneco sem depender de outros resultados. O Colorado, com o ponto somado fora de casa, chegou aos 65.
No próximo sábado (18), o líder encara o Londrina, no Estádio do Café, e terá que segurar o ímpeto do time que ainda sonha com uma vaga no G-4. Os donos do jogo, que ostentam o melhor ataque da Série B (55 gols), somam 58 pontos e estão na quinta colocação.
O jogo
Num primeiro de muita pressão, o Coelho sufocou o time de Caxias desde os primeiros minutos. Criando e desperdiçando muitas oportunidades, o time comandado por Enderson Moreira poderia ter ido para o vestiário com placar elástico. O adversário, por sua vez, não conseguiu criar jogadas ofensivas e fez do goleiro João Ricardo mero espectador.
Controlando bem as ações e explorando bastante a velocidade, o Coelho foi soberano nos 45 minutos iniciais, mas não teve competência para transformar em gol (s) as investidas. Bill, Luan e companhia precisavam acertar o pé para superar o goleiro Matheus Cavichiolli.
Segundo Tempo
Na volta do intervalo, o América manteve a intensidade e repetiu a tônica do primeiro tempo. Logo aos 10 minutos, o atacante Luan quase abriu o placar no Horto. Após driblar o arqueiro adversário, ele perdeu o ângulo e arrematou a bola na rede pelo lado de fora. A torcida foi ao delírio nas cadeiras da Arena.
Nos minutos seguinte, mais pressão. O “Uhhhhh!” da torcida se repetiu e o quase gol ficou entalado na garganta. O Juventude, inofensivo no ataque, seguia sem assustar os donos da casa.
Aos 30, veio a recompensa por tudo que havia feito. Após chute/cruzamento de Pará, que entrara no lugar de Giovanni, o zagueiro do time visitante desviou a bola, bateu o próprio goleiro, e viu o marcador ser mudado. Era o gol que fez o torcedor soltar o grito de “campeão”; mesmo que o título não fosse matematicamente confirmado.
Mantendo a intensidade e sufocando a equipe do técnico Antônio Carlos Zago, os donos da casa, apesar de não ampliar o marcador, ratificaram a vitória e, mesmo com a sensação de que o placar poderia ter sido maior, deixaram o gramado com a mão na taça da Série B. (Do HED)