Na última quinzena de outubro a Unifei Itabira promoveu a oficina “Inclusão de surdos nas universidades brasileiras”. Na ocasião, a instituição recepcionou cerca de oito surdos ou deficientes auditivos da Associação de Pais e Amigos do Surdo de Itabira (Apasita). O evento foi organizado pelos alunos do projeto “Bota pra Fazer”, competição de empreendedorismo envolvendo diversas ações sociais.
Acompanhados do diretor do campus, Dair de Oliveira, e demais servidores, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre a história dos campi de Itabira e Itajubá. Em um segundo momento, o grupo de aproximadamente 40 pessoas, partiu para uma visita pelas instalações e laboratórios da Unifei-Itabira.
A apresentação do campus, realizada em Libras, ficou a cargo dos coordenadores do projeto, prof. Aldo Peres e o técnico Maxwell Damasceno. No entendimento de Maxwell essa é uma importante ação de inclusão, além de uma chance para mostrar aos surdos que eles podem estudar na universidade futuramente.
“Com esse projeto mostramos que é possível estudar aqui como qualquer outro aluno. Conversamos também sobre as cotas, algo que lhes garante o direito de ingressar na faculdade. Essa iniciativa é um incentivo para que eles possam se graduar aqui na Unifei.”
Outra ação relacionada ao tema e promovida pelo campus é o curso de Libras. Iniciada em setembro, a capacitação voltada aos servidores tem duração de três meses e o objetivo de levar ao conhecimento dos participantes a segunda língua do país.
Maxwell esclarece que tais ações são de fundamental importância para desmistificar o tabu de que a surdez é uma deficiência difícil de lidar. Na avaliação do coordenador, o engajamento dos servidores com o curso e a intenção da Unifei em se tornar uma universidade cada vez mais inclusiva permitirão a continuidade do projeto.
”Provavelmente teremos outra edição em 2018, já que a procura é grande e alguns servidores não puderam se inscrever neste ano. Só vamos parar quando todos eles estiverem falando Libras”, pontua.