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O IBGE revisou o PIB do primeiro e segundo trimestres. Em vez do crescimento de 0,2% no período de abril a junho, o avanço foi de 0,7%. Já no primeiro, o crescimento foi de 1,3%, ao contrário do 1% anteriormente divulgado.
Dois dos três setores que compõem o cálculo do PIB registraram avanço. A indústria cresceu 0,8%, influenciada pelas indústrias de transformação (1,4%) e extrativa, (0,2%) e os serviços avançaram 0,6%, diante do resultado positivo do comércio (1,6%). Na contramão, a agropecuária recuou 3%, após ficar estável no trimestre anterior e registrar forte alta de 11,5% de janeiro a março.
Comparação
Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento do PIB foi maior, de 1,4%. Nessa base de comparação, ao contrário do que foi observado na análise trimestral, a agropecuária cresceu 9,1%. O IBGE atribui esse resultado ao desempenho da safra no período.
A indústria avançou 0,4%, puxada pelo aumento da produção de alimentos, veículos, móveis, máquinas e equipamentos, entre outros. Serviços, por sua vez, teve alta de 1%, sob influência do comércio (atacadista e varejista).
A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2017 foi de 16,1% do PIB. No mesmo período de 2016, o índice ficou em 16,3%. A taxa de poupança foi de 15,2% no terceiro trimestre de 2017, frente aos 14,9% referentes ao terceiro trimestre de 2016.
Acumulado no ano
No ano, o PIB acumula crescimento de 0,6%, puxado pela agropecuária, que cresceu 14,5%. Já a indústria e os serviços indicam que poderão fechar o ano negativos. De janeiro até setembro, as quedas são de 0,9% e 0,2%, respectivamente.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,6%, e o Brasil passou pela pior recessão da história.
Previsões
O resultado não ficou próximo do que os economistas e indicadores previam para esse terceiro trimestre. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB, apontava que, entre julho e setembro, a economia havia crescido 0,58%.
Para o ano de 2017, as previsões dos economistas do mercado financeiro indicam que o PIB ficará em 0,73%, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. (informações do G1)