Os postos de combustíveis de Itabira tem pouco mais de 20 dias para se adaptarem a Lei Municipal que obriga os estabelecimentos a retirar o terceiro dígito dos preços cobrados ao consumidor. A Lei foi sancionada pelo Prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB), em 27 de setembro deste ano.
Não é raro um consumidor itabirano estranhar ou se confundir com o preço de um combustível ofertado nos postos da cidade. Quase sempre as dúvidas surgem pelo terceiro número após a vírgula. Com a intenção de acabar com a ‘confusão’, foi aprovado pela Câmara de Vereadores, o projeto de lei de autoria do vereador André Vianna (Podemos), com o objetivo de retirar a terceira casa decimal do preço dos combustíveis (gasolina, óleo diesel e etanol).
O autor da Lei diz que “com a utilização de três dígitos após a vírgula acaba por confundir e lesar o consumidor, ao disfarçar o verdadeiro valor do combustível”. Outro ponto destacado pelo vereador é a questão econômica. Segundo ele, a terceira casa decimal também representa um lucro maior para o fornecedor.
Para fazer cumprir a norma o vereador lançou uma campanha nas redes sociais e em visitas aos postos de combustíveis alertando o consumidor e empresários sobre a exigência em vigor. Hoje o preço da gasolina comum em Itabira é vendido a R,29, do etanol a R,96, e o diesel a R,49.
Confunde ou não confunde?
Como o Lei descreve que é para evitar prejuízos e confusão do consumidor na hora de abastecer, o VIA COMERCIAL ouviu clientes sobre a retirada do terceiro número decimal e se realmente dificulta o entendimento do preço na hora de abastecer. “Dá uma confundida, sim. Às vezes, vem um vendedor e fala o preço para você, mas tem outros postos que não acontece isso”, disse a técnica de enfermagem, Bianca Flores, de 33 anos, que abastecia em dos postos da cidade, localizado na Avenida João Pinheiro, Centro.
Outra pessoa que concorda com a confusão que os números causam é o vendedor, Manoel Fabiano Silva, de 53 anos. “Facilitaria para ver [o preço sem o número]. Além disso, tem a questão da economia também. Tem outros municípios que já é assim”, contou.
Para o aposentado Osivaldo Pereira Costa, de 64 anos, é melhor um preço cheio. “Prefiro que arredonde. Tem posto que coloca o [terceiro] número bem pequeno e a gente não enxerga, por isso prefiro que cobre arredondado”, comentou.
1 comentário
E quanto a fiscalização do cartel dos postos de Itabira, acabou né.