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Só que o preço também deu um salto. Vendido por R$ 7 mil, o modelo de entrada, de 64 GB, custa 72% mais do que o iPhone 7 plus mais simples, quando foi lançado –os valores foram corrigidos pela inflação.
Lançado juntamente com os iPhones 8 e 8 plus, o iPhone X é encarado pela Apple como uma visão do futuro dos smartphones. E no futuro, pelo menos para a empresa, os celulares reconhecem a cara do dono.
Reconhecimento facial
Esse é o primeiro celular da companhia a fazer reconhecimento facial. Para isso, a fabricante mexeu em todo o sistema da câmera de selfie. Acrescentou sensores, como câmera infravermelha, e chamou o conjunto de True Depth Camera, que é capaz de ler 30 mil pontos em um rosto.
Com isso, a senha passa a ser a face do dono –a senha numérica ainda pode ser usada, mas nem dá tempo de digitar; basta olhar, e o celular destrava. Até no escuro, graças à câmera de infravermelho. Outros smartphones, como o Galaxy Note 8, já possuem reconhecimento facial. Mas, no iPhone X, ele desempenha outras funções, como:
- substituir a senha em aplicativos que precisam de autenticação;
- melhorar a experiência de apps que já usam reconhecimento facial, como Snapchat;
- fazer fotos com o fundo desfocado, com o modo “retrato”;
- reconhecer expressões faciais e transportá-las para os Animojis.
Para descomplicar: os Animojis são aquelas imagens interativas de bichinhos, robozinhos e até de um ET, que você encontra na barra de emojis do teclado. No novo iPhone, elas passam a imitar as caras e bocas que você faz diante da câmera. Apesar de parecer um recurso feito para cair no gosto da criançada, os Animojis mostram o potencial da tecnologia de identificar mudanças no rosto.
Sem botão
Não contente em retirar a entrada de áudio de seus smartphones, a Apple agora cortou o botão “home”, que era usado para executar muitas funções. Boa parte delas agora são ativadas com o deslizar de dedos sobre a tela.
Até aprender todas essas combinações, o usuário apanha um pouco. É a tal curva de aprendizado. Já habituado, ele nem sente que o “home” um dia existiu.
Acabar com a existência do “home” já havia sido ensaiado com o iPhone 7, que deixou de ter um botão mecânico –era apenas um sensor de digitais e pressão. Isso graças ao Touch ID. Evolução da tecnologia sensível ao toque, esse recurso permite alguns aplicativos sugerirem tarefas conforme são pressionados. Se no aparelho anterior, esse recurso era um trunfo, no iPhone X, virou um pano de fundo para a tela concentrar todas as ações.
Sem fio
Com corpo de vidro e acabamento em aço inox, o iPhone X conta com carregamento sem fio de bateria –Apple Watch e os fones de ouvido AirPod, além dos iPhone 8 e 8 plus, já funcionam assim.
Câmera
O iPhone X traz muitas das novidades da câmera dos novos iPhone 8 Plus. A resolução das câmeras traseiras são de12 Megapixels, também possuem sensor que habilita mais opções de iluminação no modo retrato, que desfoca o fundo da foto.
Só que esse recurso também está presente em sua câmera de selfie. Também há cinco opções de iluminação: luz natural, de estúdio, de contorno, de palco e de palco mono.
Preço
Quando circularam rumores de que o iPhone X custaria mais de US$ 1 mil nos Estados Unidos, as ações da Apple desabaram. Após o lançamento do aparelho, as ações voltaram a cair novamente, mas devido à indisponibilidade do modelo em muitas lojas.
O Brasil tradicionalmente é o reduto do iPhone mais caro do mundo. Só que, desta vez, o salto do preço foi o maior já registrado entre duas gerações de iPhone.
Vendida por R$ 7 mil, a versão de 64 GB de espaço internet do iPhone X é 72% cara que o iPhone 7 plus. Já o modelo de 256 GB, que custa R$ 7,8 mil, é 91% mais caro.
“O iPhone X está agora disponível no Brasil. Como ele é o mais caro iPhone já produzido, e os iPhones geralmente são os smartphones mais custosos para serem produzidos, eu acredito que é seguro dizer que o iPhone X é o aparelho mais caro vendido no Brasil”, afirmou Dave Glenn, analista da Gartner.
O que o iPhone X tem?
- Display: tela sem bordas OLED Super Retina de 5,8 polegadas com tecnologia True Tone, que ajusta o balanço de cores de acordo com a luminosidade do local, e HDR (“high dynamic range”), que proporciona maior relação de contraste
- Câmera traseira: 12 Megapixels, com dupla estabilização óptica de imagem
- Câmera frontal: 7 Megapixels, com estabilização automática e modo Retrato para selfies
- Processador: A11 Bionic de seis núcleos, dois de desempenho 25% mais rápidos e quatro de eficiência 70% mais rápidos
- Cores: “space gray” (cinza) e “silver” (prata)
- Opções de armazenamento interno: 64 GB e 256 GB
Como usar o iPhone X?
Minimizar um aplicativo ou retornar para a tela inicial:
- Como era: clicar no botão “home”;
- Como ficou: deslizar a tela de cima para baixo.
Acionar o painel de controle:
- Como era: deslizar a tela de cima para baixo;
- Como ficou: deslizar a tela na diagonal, da direita para esquerda.
Mudar de um aplicativo para outro:
- Como era: pressionar a borda esquerda do aparelho e deslizar para a direita;
- Como ficou: deslizar a tela para a esquerda, na base do smartphone.
Ver quais aplicativos estão abertos:
- Como era: clicar duas vezes no botão “home”;
- Como ficou: deslizar na diagonal, da esquerda para a direita.
Desligar o aparelho:
- Como era: pressionar o botão “desliga”;
- Como ficou: pressionar em conjunto os botões “desliga” e um dos dois controladores de volume por cinco segundos.
Acionar a Siri:
- Como era: pressionar o botão “home”;
- Como ficou: pressionar o botão “desliga”.