O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sugeriu hoje (11) aos países da União Europeia (UE) que transfiram suas embaixadas de Tel Aviv para Jerusalém, como anunciaram os Estados Unidos, reconhecendo essa cidade como capital do Estado de Israel.
“Acredito que todos ou a maior parte dos países europeus transferirão suas embaixadas para Jerusalém, reconhecerão que é a capital de Israel e se envolverão de forma robusta conosco em matéria de segurança, prosperidade e paz”, destacou Netanyahu em um pronunciamento à imprensa, em Bruxelas, junto com a alta representante da UE para Política Exterior, Federica Mogherini.
Netanyahu pediu também que se espere para conhecer a futura proposta do governo americano para a paz no Oriente Médio.
Jerusalém
Acredito
O primeiro-ministro israelense garantiu ainda que seu país “estendeu sua mão à paz com seus vizinhos palestinos durante cem anos”.
“Fomos atacados constantemente, não por um ou outro pedaço de território, mas por qualquer território que fosse um Estado, uma nação-estado para o povo judeu”, opinou.
“Em qualquer fronteira, isto foi rejeitado pelos nossos vizinhos. E isto é o que levou ao conflito e o que o continua”, disse Netanyahu, em referência à “negação contínua dos palestinos ao direito de Israel de existir como um Estado judeu, e a negação da nossa história”.
O premiê israelense também frisou que “durante três mil anos Jerusalém foi a capital do povo judeu, desde os tempos do rei Davi”, e que, mesmo quando os judeus viviam nos guetos europeus, “nunca perderam sua conexão” com a Cidade Santa.
Conexão
Netanyahu lamentou que a Organização das Nações Unidas e a Unesco “neguem essa conexão” e “a verdade histórica de que Jerusalém foi a capital de Israel durante os últimos 70 anos”.
“O que o presidente Trump fez é pôr claramente os fatos sobre a mesa. A paz se baseia na realidade, em reconhecer a realidade. E acho que o fato de que Jerusalém é a capital de Israel é claramente evidente para todos os que visitam Israel”, considerou. Para Netanyahu, esta questão “não impede a paz”.
Por sua parte, a União Europeia sustenta que se deve buscar uma solução negociada à crise no Oriente Médio com a convivência de dois Estados, o israelense e o palestino, e que Jerusalém deve ser capital de ambos a fim de satisfazer as aspirações das duas partes. (Da Agência EFE/pela Agência Brasil)