Estrutura
As atividades foram comandadas pela palestrante Elizabeth Franca, militante com mais de 20 anos de experiência na área. Segundo ela, o conselheiro tutelar é a linha de frente na defesa dos direitos da criança e do adolescente. Beth citou, entre outras carências, a falta de estrutura, de segurança e de valorização dos profissionais – segundo ela, tem conselheiro no estado que ganha menos que um salário mínimo.
Para o deputado Tito Torres, as prefeituras acabam arcando com muitas responsabilidades – várias delas, do Estado ou da União. “Viemos aqui ouvir e debater com os conselheiros meios de cobrarmos em Brasília e no Governo do Estado mais atenção à criança e ao adolescente. Realmente o Conselho Tutelar vive com muito pouco recurso e atenção. Vamos buscar nas esferas estadual e federal soluções para estes profissionais”, declarou o deputado.
De acordo com Neidson Freitas, a Câmara tem o papel de buscar junto à comunidade formas de melhorar os serviços prestados à população. “A rede de atendimento tem de funcionar e, para isso, é preciso que os profissionais se capacitem e conheçam o serviço por completo. As pessoas que passaram por essa capacitação certamente serão multiplicadoras do conhecimento em seus locais de trabalho”, afirmou.
Em relação à Rede de Atendimento à Criança, que reúne poder público e diversas instituições, a palestrante Beth Franca ressaltou a importância da integração. “É preciso reunir os vários profissionais da Rede de Atendimento para discutir a situação de cada caso atendido. Normalmente, há muita falta de conhecimento. É cada um no seu espaço sem conhecer o espaço do outro, o que dificulta o encaminhamento da criança para o lugar o certo”, ressaltou.
De acordo com Maria Alice, conselheira tutelar de Itabira, a capacitação vai ajudar os profissionais a prestar um serviço com mais qualidade. “Essa capacitação nos ajudará a nortear o nosso trabalho com mais eficiência. Quando se trata de criança e adolescente, é uma causa que a gente abraça com muita força de vontade”, declarou.