Um cidadão australiano de origem sul-coreana foi detido em Sydney, sob a acusação de tentar vender componentes usados em mísseis balísticos produzidos na Coreia do Norte.
De acordo com a polícia federal australiana, Chan Han Choi agiu como agente comercial de Pyongyang, com o desejo de servir a Coreia do Norte.
O homem de 59 anos enfrenta seis acusações relacionadas com a negociação de venda de componentes de mísseis da Coreia do Norte a outras entidades internacionais, e por tentar transferir carvão da Coreia do Norte para a Indonésia e o Vietname.
Violou assim as sanções das Nações Unidas e da Austrália contra a Coreia do Norte, frisou o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull.
“Esta é uma detenção muito importante. As acusações são muito graves. A Coreia do Norte é um regime criminoso perigoso e imprudente que ameaça a paz da região. Este homem violava as sanções das Nações Unidas, não apenas com a venda de matérias primas como o carvão, mas também de armas e drogas, e o envolvimento em crime cibernético”, disse Turnbull.
Em outubro, a Coreia do Norte acusou a Austrália de preparar uma guerra na península da Coreia com manobras “perigosas” associadas a ações hostis dos Estados Unidos contra Pyongyang.
Um comunicado divulgado pela agência KCNA norte-coreana denunciava que “Ultimamente, a Austrália tem efetuado movimentações perigosas, associando-se zelosamente às frenéticas provocações políticas e militares norte-americanas contra a Coreia do Norte, provocações que agravam ainda mais a situação na península coreana”.
Segundo a politóloga norte-americana Suzanne DiMaggio, especialista em assuntos norte-coreanos, em encontros de bastidores as autoridades de Pyongyang têm assegurado que a Coreia do Norte não aspira a possuir um vasto arsenal nuclear, mas apenas as armas suficientes para se defender, bem recordadas da sorte de Muammar Kadhafi e Saddam Hussein.
No dia 12 de dezembro, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, declarou que os Estados Unidos estão prontos para dialogar em qualquer momento com o líder norte-coreano sem apresentar pré-condições. (Euronews)