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Se ainda estivesse entre nós, Hudson, certamente, estaria no Mineirão na tarde deste sábado (16) presenciando o esporte que tanto amava ser representado pela seleção brasileira de futebol americano, que retornou aos gramados após dois anos e cinco meses sem exibições oficiais para vencer a Argentina por 38 a 0, no primeiro amistoso internacional entre os dois países.
Mas, seja na lembrança ou no telão do estádio, quando um minuto de silêncio foi respeitado, Hudson esteve presente. Pois, o jovem, de origem simples, que se assustou com o preço dos equipamentos para a prática do esporte, mas que arrumou um ‘jeitinho’ para tê-los, é a representação do futebol americano no país.
Uma modalidade que resiste na perseverança e dedicação de seus atletas. A seleção brasileira é mais uma ponta dessa engrenagem, talvez o estágio final rumo a uma profissionalização que já passa na cabeça de vários destes jogadores, tamanha a velocidade do crescimento do interesse pela bola oval no país do futebol da bola redonda.
Nem mesmo o sábado de chuva intensa no Mineirão afastou o público, que chegou ao Gigante da Pampulha cedo para aproveitar as várias atividades de um dia ‘americano’ em terras brasileiras. E logo deu para perceber que a galera era outra.
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O festival de camisas dos times da NFL, a milionária liga norte-americana, dominou a esplanada, trazendo um colorido especial para o evento. O objeto desejado era a camisa da seleção brasileira, e ela logo sumiu de uma loja que veio diretamente de São Paulo para o amistoso.
E veio gente de tudo quanto é canto, dos mais variados estados do Brasil, argentinos, os nossos rivais, e até americanos, curiosos para ver o esporte deles sendo praticado por dedicados aprendizes.
E que bom que todos vieram para ver o passeio da seleção verde e amarela. Apesar de um início meio sonolento, o time pisou no acelerador e contou com grandes atuações de Maranhão, com três touchdowns, Pingo, com um TD, e uma corrida espetacular de Branco Meneses, que avançou 88 jardas para ganhar a endzone e explodir o Mineirão.
“Estou feliz por poder atuar entre os melhores do Brasil, feliz em ser convocado e estar no meio deles. Treinei muito pra isso, mas realmente não esperava. Pensei que não ia ser agora, e de repente foi uma surpresa estar aqui”, comemorava o running back Branco, em êxtase após levantar a galera no Mineirão.
No fim, o saldo da festa não poderia ser melhor. Além da vitória e a sensação de dever cumprido, ficou a esperança de que o futebol americano, mesmo carente de evolução, caminha, em um percurso irreversível, de amadurecimento. Os fãs do esporte de alto rendimento agradecem