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A investigação sobre a “Máfia do Galeão” começou em fevereiro deste ano, quando a PF descobriu que uma mala foi despachada do Rio de Janeiro em um voo para Amsterdam, mas em nome de um casal que voou para Salvador. A mala foi devolvida para o Galeão e, ao passar pelo raio X, foram descobertos 37 quilos de cocaína.
A investigação aponta que funcionários do aeroporto escolhiam um passageiro de forma aleatória, imprimiam um tíquete com o nome dele, colocavam em uma mala cheia de drogas e, então, encaminhavam essa bagagem para um voo internacional, que ia, geralmente, para a Europa. A operação foi batizada como “Rush”.
Tráfico de drogas, contrabando e desvio de bebidas
Além do tráfico de drogas, a rede de corrupção também atua no contrabando e desvio de bebidas de aeronave.
No núcleo de contrabando, as malas de voos internacionais (maioria tinha Miami como destino) não passavam pela Receita Federal, logo, não eram vistoriadas. Isso era feito através do desvio das mesmas para as esteiras dos voos domésticos, que não passam por fiscalização, e onde os donos das malas fazem a retirada.
Os funcionários de empresas aéreas e da Receita Federal também facilitavam a saída de malas com roupas, eletrônicos, e até cabelos. Algumas vezes, os próprios funcionários levavam as bagagens até o passageiro na calçada do terminal.
O núcleo de desvio de bebidas nas aeronaves era onde funcionários de empresas de “cattering” (que fornecem suprimentos para empresas aéreas), com apoio de vigilantes, furtavam bebidas de aeronaves e vendiam para uma rede de receptadores. (informações do G1)