Os Estados Unidos vão barrar alguns produtos homeopáticos que são vendidos como medicamentos.
Serão retirados do mercado os produtos indicados para condições graves. Também aqueles que contêm ingredientes potencialmente nocivos serão barrados.
O país, no entanto, ainda estuda quais produtos exatamente serão retirados de circulação.
Segundo o FDA (Food And Drug Administration, órgão que regula medicamentos nos Estados Unidos), alguns desses compostos são comercializados para uma série de condições (do resfriado ao câncer) sem testes que comprovem sua eficácia.
“Em muitos casos, as pessoas estão depositando sua confiança e dinheiro em terapias que podem trazer pouco ou nenhum benefício na luta contra doenças graves”, descreve a nota do FDA.
Sobre a homeopatia
A homeopatia é uma prática médica alternativa desenvolvida no final de 1700, com base em dois princípios fundamentais: que uma substância que causa sintomas em uma pessoa saudável pode ser usada de forma diluída para tratar a doença; e que, quanto mais diluída a substância, mais potente ela é. |
“Nós respeitamos as pessoas que desejam utilizar tratamentos alternativos, mas temos a responsabilidade de proteger o público”, continua a nota.
Produtos com indicação pediátrica também estarão na mira do FDA, como os derivados da planta “belladona”, que contém elementos tóxicos para o organismo.
Produtos com a planta são indicados para doenças reumáticas. Ela também é usada no Parkinson, na asma e como calmante.
Segundo o FDA, os produtos homeopáticos são preparados a partir de uma variedade de fontes, incluindo plantas, minerais, produtos químicos e excreções e secreções humanas e de animais.
Esses produtos são normalmente vendidos em farmácias, lojas de varejo e on-line. O mercado desses medicamentos rendeu US$ 3 bilhões na última década, informa o FDA.
Na esteira do crescimento desse mercado, foi nos últimos anos também que o órgão passou a detectar um número crescente de produtos que podem trazer riscos à saúde — e, por isso, uma regulamentação mais forte se faz necessária, diz a agência. (informações do Bem Estar/G1)