Amanhã (21) será um dia decisivo para a Espanha. Após um processo tenso, que o país vive desde o dia 1º de outubro, quando foi feito um referendo considerado ilegal, a Espanha vive um racha entre os que querem a independência da Catalunha e que os que preferem manter a unidade do país.
Estão convocadas para amanhã as eleições que vão definir o próximo presidente da comunidade autônoma. A disputa está acirrada e não há certezas sobre quem vencerá.
As últimas pesquisas mostram um cenário muito apertado entre o partido Esquerda Republicana da Catalunha, que é separatista e deve ganhar em número de assentos, e o Ciudadanos, que defende a unidade nacional e deve ganhar em número de votos. Os dois partidos estão praticamente empatados, com cerca de 23% das intenções de voto, segundo a imprensa local.
Dos políticos que participaram da tentativa independentista, seis são candidatos. Entre eles, Carles Puigdemont, ex-presidente da Catalunha que está na Bélgica desde o início de novembro, após o governo central espanhol ter acionado o artigo 155 da Constituição espanhola, que o destituiu e convocou novas eleições.
O antigo vice-presidente e líder do partido Esquerda Republicana da Catalunha, Oriol Junqueras, também é candidato, mas está preso cautelarmente. Se for julgado e condenado, não poderá assumir o cargo, caso vença.
A candidata do partido Ciudadanos é Inés Arrimada, uma jovem liderança de apenas 36 anos.
O que não se consegue prever é qual partido conseguirá somar 68 assentos para formar governo e escolher o presidente. É possível que um partido, mesmo saindo vencedor, não consiga formar governo e, assim, o racha na Catalunha segue sem um ponto final.