O início de temporada e a visível falta de entrosamento entre as peças do time alternativo montado por Oswaldo de Oliveira marcaram o duelo entre Boa Esporte e Atlético, que empataram sem gols nesta quinta-feira (18), em Varginha, em partida disputada no Dilzon Melo. Em um jogo burocrático, os clubes mostraram o impacto do calendário apertado e a necessidade de evolução.
Com a equipe principal, o Galo tentará dar alegrias ao seu torcedor pela primeira vez no ano no próximo domingo (21), quando receberá o Democrata, no Independência, em duelo que está marcado para ter início às 17h. No mesmo dia, porém um pouco antes, às 16h, o Boa encara o Villa Nova, no Alçapão do Bonfim, em Nova Lima.
O jogo. O primeiro tempo foi um vazio de ideias. Ainda que com o time alternativo, o Galo tinha qualidade técnica superior ao time de Varginha. Porém, a falta de entrosamento entre os personagens das tramas fazia com que o Atlético não fosse efetivamente perigoso à equipe boveta, que promovia uma marcação elogiável, principalmente pelo curto espaço entre as linhas.
Quando conseguiu ser objetivo à frente, o Galo tropeçou em seus próprios erros. Aos 10 min, Carlos obrigou o goleiro Fabrício a uma grande defesa, após acertar um rebote com um belo giro. Porém, a jogada claramente era de Valdívia, que chegava livre pelo miolo da zaga. Aos 33 min, Yago deu um belíssimo passe para Gustavo Blanco, que tentou encobrir o arqueiro da Coruja, que estava adiantado. Porém, a falta de “cacoete” para centroavante impediu que o volante abrisse o marcador.
O panorama não mudou na etapa complementar. Com dificuldades de ultrapassar o pouco espaço entre existente as linhas pelo Boa Esporte, o Galo só conseguia chegar à meta rival através das boas descidas de Erik e Hyuri, que mostraram muito ímpeto, apesar de visivelmente sentirem a falta de entrosamento. Porém, quando acertaram nas ofensivas pelas beiradas do campo, não contaram com seus companheiros inspirados, já que Valdívia e Carlos pecaram nas conclusões.
Defensivamente, as coisas também não foram das melhores. Com linhas espaçadas, o Atlético oferecia espaço para a Coruja construir suas ofensivas. Em alguns momentos, ficou perigosamente exposto, como aos 27 minutos, quando o time de Varginha rumou ao ataque sem qualquer jogador de meio-campo alvinegro fechar espaço, o que deixou a defesa completamente vulnerável. Por sorte, a meiúca do Boa também mostrava seus pecados.
No final, o Galo esboçou uma blitz para chegar ao gol da vitória. Entretanto, o Boa contou com a segurança de Fabrício, que salvou um bomba disparada por Marco Túlio, que entrou na vaga de Hyuri, cansado. O placar sem gols foi uma tradução do que foi o embate.