A febre amarela continua fazendo vítimas em Minas Gerais. A morte de mais um mineiro em decorrência da doença foi confirmada em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (BH). Devido ao aumento dos casos, o Governo Estadual decretou situação de emergência em saúde pública nas regionais de saúde BH, Itabira e Ponte Nova por 180 dias. Ao todo, a capital e mais 93 municípios das regiões Central e Zona da Mata integram a lista, o que significa que podem fazer compras de insumos, materiais e contratar serviços com dispensa de licitação, medida que, segundo o governo, visa acelerar o processo de prevenção e busca de casos da doença.
Ao todo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) já confirmou oficialmente 16 mortes em decorrência da febre amarela. Ao menos outros dois óbitos confirmados por prefeituras mineiras não entraram para o balanço. Um deles é de um morador de Brumadinho. De acordo com a administração municipal, o homem, de 54 anos, morava na zona rural de Aranha e estava internado no Hospital Eduardo de Menezes.
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Segundo a prefeitura, a morte do morador da cidade aconteceu nesse domingo. Exames analisados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) confirmaram que as causas da morte foram decorrentes da febre amarela. Essa é a segunda morte de moradores de Brumadinho no período 2017/2018 da doença.
Na sexta-feira, Nova Lima confirmou a morte do sexto morador vítima da doença. De acordo com a assessoria de imprensa da administração municipal, a última vítima é um homem, que não teve a idade informada, e estava internado em um hospital do município. Ele não havia tomado a vacina contra febre amarela e era morador do Bairro Cascalho.
Investigação
Outras mortes ainda estão sendo investigadas. Uma delas de um homem, de 53, que estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Por meio de nota, a unidade de saúde informou que ele foi transferido para o hospital para fazer um transplante de fígado na sexta-feira, Porém, morreu na madrugada desta segunda-feira antes de realizar o procedimento.
Em Raposos, Região Central de Minas, um morador da cidade morreu por volta das 17h desta tarde sob suspeita de febre amarela. De acordo com a prefeitura da cidade, o homem, que trabalhava viajando, deu entrada na unidade de saúde de Raposos depois de ter chegado de Rio Acima, na mesma região. O Executivo informou que ainda aguarda um resultado oficial para comprovar a causa da morte, previsto para sair na quinta-feira. Raposos é vizinha de Nova Lima, cidade que registrou maior número de mortes pela doença.
Outras duas mortes suspeitas aconteceram na quinta-feira em Juiz de Fora. A Secretaria de Saúde da cidade informou que apenas uma das vítimas mora na cidade. De acordo com a nota enviada à imprensa, o morador da cidade, que não teve a idade informada, estava internado na Santa Casa de Misericórdia.
Sobre a outra vítima, a pasta informou, apenas, que o paciente estava internado para tratamento médico em um hospital da rede particular da cidade. O município que o paciente morava, no entanto, não foi revelado, mas a suspeita é de que também seja na Zona da Mata.
Outra morte investigada é de um homem de 61 anos que morava em Viçosa, na Zona da Mata do estado, morreu na manhã de quarta-feira com suspeita de ter contraído febre amarela. O paciente estava internado no Hospital Eduardo Menezes, em Belo Horizonte desde a noite da última segunda-feira.
Na quinta-feira, um morador de Porte Firme, na Região da Zona da Mata, morreu no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, com suspeita da doença. A informação foi confirmada pelo secretário de saúde do município, João Rodrigo de Melo.