O gramado era ruim, o horário, um dos piores, mas o time do Atlético se esforçou para ser o ponto negativo da partida diante do Villa Nova. O Leão do Bonfim venceu o Galo na noite desta quinta-feira (25), no Estádio Castor Cinfuentes, em Nova Lima. 1 a 0, gol de pênalti de Daniel Morais no início do segundo tempo, sendo a primeria vitória do Leão e o primeiro tropeço do Galo.
Com um time reservas, o Galo teve uma atuação bem abaixo da crítica. Valdívia e Cia. simplesmente não conseguiram levar perigo ao gol do time de Nova Lima na primeira etapa, e foi castigado na segunda. Se Oswaldo disse que não era um teste para os reservas, menos mal, caso contrário apenas Gustavo Blanco e Bremer poderiam receber algum tipo de aprovação, além dos juniores que saíram do banco.
ETAPA SEM IDEIAS
Quem encarou o calor de Nova Lima no fim da tarde teve que, mais do que isso, suportar a falta de qualidade das equipes num campo em que deixa a bola sempre viva, por mais simples que seja o toque nela.
O Atlético, favorito e com a obrigação de dominar a partida, tomou sustos no começo, mas nada que fizesse Victor se desesperar. Matheus Mancini destoava com a baixa velocidade, e os laterais não eram tão incisivos no ataque.
Pelo lado do Leão, Daniel Morais tentava atrapalhar os planos do Galo, mas o jogo era muito truncado, com baixíssimas chances de gol. Hyuri mandou a sua na lua, Erik, nas mãos do goleiro, e Valdívia… foi o pior da primeira etapa, perdendo quase todas as bolas.
Campo muito difícil, entendemos o que o jogo está pedindo. Infelizmente é um jogo duro, feio” – disse Danilo Barcelos
Enquanto o Atlético não conseguia trocar passes e deixava o atacante Carlos isolado, o Villa tentava os contra-ataques, mas o time que não fez gol ainda no Mineiro (a única equipe zerada) não criava nada.
O jeito foi o juiz Jerferson Antônio da Costa apitar logo o fim do primeiro tempo e dar a chance para os dois lados refletirem bastante no vestiário.
A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO
O Atlético conseguiu voltar pior ainda para a etapa complementar. Nisso, o Villa Nova voltou a fazer ataques perigosos no começo da partida e escolheu um jogador do Galo para fazer de vilão: Matheus Mancini.
O zagueiro cometeu duas faltas no atacante Carrara na partida. A primeira recebeu amarelo, na segunda, já dentro da área, foi poupado pela arbitragem. Mas quando a bola bateu na sua mão, o juiz não perdoou e marcou pênalti. Daniel Morais fez o primeiro gol do jogo, o primeiro gol do Villa no Campeonato Mineiro e o primeiro gol sofrido pelo Atlético no ano.
O Villa ainda teve boas chances de marcar com o próprio Daniel Morais, em outro erro de Mancini (o pior em campo, junto com Valdívia) e Marzagão. O Galo teve que renovar o fôlego, com a torcida sem ânimo para ver um time reserva sem fome.
Oswaldo promoveu a entrada dos jovens Marco Túlio, Bruninho e Alerrandro. Pouco antes, Carlos, de forma totalmente desajeitada, fez boa jogada e serviu Erik. O impedimento não foi notado pelo trio de amarelo, mas o atacante isolou o chute. O mais próximo que o Atlético conseguiu foi acertar o travessão de Renan numa finalização potenta de… Mancini, desviada na marcação do Villa.
Derrotado, o Galo tem poucos elementos para saudar. Talvez a participação até efetiva de Gustavo Blanco, sendo o principal ponto de lucidez, além das entradas de Marco Túlio e Bruninho, que apresentaram habilidade e ousadia que faltou para os escondidos Carlos, Hyuri e Valdívia.