Um ataque suicida contra um batalhão do exército afegão, em Cabul, deixou ao menos 11 soldados mortos e 15 feridos, nesta segunda-feira (29), de acordo com o Ministério da Defesa. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, que deixou ainda quatro terroristas mortos.
A ataque contra as instalações de um batalhão perto da Academia Militar Marshal Fahim, no oeste da capital afegã, começou às 5h (22h30 de domingo em Brasília) e se estendeu por cinco horas.
Dois terroristas morreram ao detonar explosivos, dois foram mortos em confronto e um quinto foi capturado com vida, segundo o porta-voz do Ministério de Defensa, Dawlat Waziri.
Os dez soldados feridos foram levados para um hospital militar, onde estão sendo tratados.
Série de ataques
O atentado é mais um de uma série recente de ataques no Afeganistão. No sábado (27), terroristas usaram uma ambulância-bomba para matar 103 pessoas e ferir outras 235.
O chefe da missão da ONU no Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, classificou o ataque como uma “atrocidade”.
Na quarta (24), um grupo atacou contra a sede da ONG Save the Children em Jalalabad, capital da província de Nangarhar, deixando três mortos e 24 feridos.
No dia 20, um ataque armado ao luxuoso Hotel Intercontinental de Cabul deixou 19 mortos, dos quais 14 eram estrangeiros, e incendiou andares do prédio.
Até o Papa Francisco se manifestou, lamentando a “violência desumana”. “Até quando o povo afegão terá que suportar essa violência desumana?”, questionou.