Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas nesta quarta-feira (7) em bombardeios de aviões não identificados na região de Ghouta Oriental, principal bastião opositor dos arredores de Damasco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. A informação é da Agência EFE.
Oito dos mortos foram vítimas de ataques aéreos na cidade de Hamuriya, onde também há 15 feridos, alguns deles em estado grave.
Outras quatro pessoas morreram em bombardeios similares em Beit Saua e outras três, em Duma, a maior cidade de Ghouta Oriental.
A fonte acrescentou que também houve ataques aéreos em Zamalka, Arbin, Al Nashabia e Harasta.
A organização não governamental (ONG)não descartou que o número de mortos aumente, uma vez que há mais de 60 feridos, alguns deles em estado grave.
A Defesa Civil Síria, que efetua trabalhos de resgate em zonas fora do controle do governo, publicou no Twitter várias fotos das vítimas em Hamuriya e dos danos em edifícios.
Em uma delas é possível uma criança com a cara cheia de poeira e sangue no rosto e em uma mão, enquanto jaz tombado em meio aos escombros.
Os também chamados “capacetes brancos” confirmaram a morte de oito civis em Hamuriya e destacaram que o bombardeio nesta área ocasionou a derrubada de um imóvel com seus moradores dentro, onde os seus voluntários conseguiram resgatar oito pessoas.
Ontem, pelo menos 80 pessoas, entre elas 19 menores e 20 mulheres, morreram em bombardeios em Ghouta Oriental, sitiada pelas forças leais ao governo de Damasco, de acordo com a última contagem do Observatório.
A ONU fez ontem um apelo para que haja uma pausa humanitária de pelo menos um mês no conflito na Síria para atender centenas de milhares de pessoas presas em áreas cercadas ou de difícil acesso, e para evacuar feridos e doentes.
Segundo o organismo internacional, em Ghouta Oriental residem cerca de 400 mil pessoas presas há três anos pelo cerco.