Nome por trás de alguns dos discos mais importantes da indústria da música, como “Thriller”, de Michael Jackson, o produtor Quincy Jones deu uma afiada entrevista ao site “Vulture”, na quarta-feira. Prestes a completar 85 anos (em março), o empresário que tem 28 Grammys no currículo será tema de um documentário da Netflix e de um especial na CBS.
Na entrevista, não faltaram declarações maliciosas sobre o próprio Michael Jackson e os Beatles. Os brasileiros Gil e Caetano também foram citados – um dos poucos casos de comentários elogiosos. Sobre os Beatles, o norte-americano afirmou que sua primeira impressão do grupo foi de que eram “os piores músicos do mundo”: “Paul (McCartney) era o pior baixista que eu já tinha ouvido. E Ringo? Nem vou falar a respeito”, disse ele, lembrando de um episódio em que, após Ringo passar três horas tentando consertar o trecho de uma gravação, chamou às escondidas um baterista de jazz que resolveu tudo em 15 minutos.
Ainda segundo o produtor, Michael Jackson (chamado de “maquiavélico”) teria roubado diversas músicas ao tirar créditos de parceiros. Foi o caso, disse ele, de sucessos como “State of Independence” e “Billie Jean”.
Outros gigantes do mundo pop que não foram poupados pelo empresário foram os irlandeses do U2. Jones, que se disse amigo de Bono Vox, comentou que não sabe o porquê de o grupo não estar mais fazendo um bom trabalho.
Para Jones, os artistas de hoje não possuem mais nenhum tipo de estudo ou conhecimento musical. “Não há nada de novo. Os produtores são preguiçosos”, disse, afirmando ainda que os artistas “não fazem o dever de casa”. Para não dizer que não houve elogios, o produtor afirmou que Bruno Mars, Kendrick Lamar e Ed Sheeran estão no caminho certo. E tomou a iniciativa de falar de música brasileira, citando Gilberto Gil e Caetano Veloso: “São os reis!”.
A língua solta do empresário não parou na discussão musical. Jones revelou ainda intimidades com um suposto caso entre Marlon Brando e o comediante Richard Pryor, além do namoro dele próprio com Ivanka Trump, filha do presidente norte-americano Donald Trump.
Jones definiu Brando como “o filho da puta mais charmoso”. Recentemente, a própria viúva de Pryor confirmou ao “Guardian” o envolvimento dos dois. Em seguida, ao criticar Trump, a quem chamou de “narcisista e megalomaníaco”, ele afirmou que teve um caso com Ivanka há 12 anos, quando ele tinha 72 anos, e Ivanka, 23. “Ela tinha as mais belas pernas que já vi na vida”, disse Jones. “Com o pai errado, no entanto”. (O Tempo)