Cinco anos depois de iniciar as obras e pouco mais de um ano depois de conclui-las, a Prefeitura de Itabira, ainda não sabe o que fazer com as instalações de uma Unidade Mobiliar de Saúde (UMS), construída no bairro Fênix, para abrigar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Construída numa área, que tem 1,2 mil metros quadrados, a
UMS foi erguida com a promessa de ser uma unidade com portabilidade (utilização para mais de um fim), um moderno sistema de construção que consistiria no fornecimento e montagem de um conjunto de módulos com cobertura, instalações elétricas, hidráulicas, telefonia, espaço de gases medicinais (oxigênio e nitrogênio), climatização e área externa.
Na área coberta seriam montados os consultórios, recepção, banheiros e salas para administração, reuniões, inalação, enfermagem, vacinação, curativos, Eletroencefalograma e Raio-X, acolhimento, sutura e engessamento, aplicação de medicações, consultório odontológico e de lavagem e descontaminação; e haveria ainda abrigo de resíduos e espaço para expurgo.
Ainda de acordo com o projeto da Prefeitura, a área externa seria totalmente fechada e pavimentada e teriam portões de acesso, sistema de armazenamento e distribuição de água, além de sistema de iluminação e paisagismo. Também seriam construído o acesso para pedestres e estacionamento. Os módulos seriam dotados de estrutura completa e painéis especiais para a área de radiologia, armários e bancadas.
A construção desta UPA foi anunciada pelo então prefeito Damon Lázaro de Sena (PV), no final de 2013, após várias reuniões nas quais ele participou em Brasília.
A ordem de serviço com a empresa Novo Horizonte Jacarepaguá Importação e Exportação Ltda foi assinada no dia 21 de julho, o prazo de execução da obra seria de 120 dias e o custo anunciado na época seria de R$ 4.100.000,00.
Mas o projeto da UPA fracassou e desde que assumiu a gestão municipal, o agora prefeito, Ronaldo Lage Magalhães (PTB), anunciava que o prédio não teria condições de receber uma UPA, e que o seu funcionamento seria inviável, principalmente economicamente para o município.
Em meio ao impasse, o Conselho Municipal de Saúde (CMS), decidiu ‘extinguir’ a UPA que funcionaria 24 horas, deliberando a favor do cancelamento da implantação da unidade denominada, José Cesário Martins Carneiro. Após visita técnica ao imóvel foram constatadas diversas irregularidades, e uma comissão do CMS atestou que a estrutura não oferece condições de abrigar nenhum serviço de saúde, além de ter um alto custo.
A Prefeitura comunicou ao Via Comercial nesta quinta-feira (15), que “o Governo ainda não tem uma definição para o prédio”, hoje completamente vazio, sofrendo com a degradação ambiental.