As autoridades de saúde de Belo Horizonte estão investigando um caso suspeito de febre amarela de um morador da capital mineira internado em estado grave no Hospital Felício Rocho. Parentes e amigos do médico endocrinologista e professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Bastos Fóscolo se mobilizam na internet para angariar doações de sangue para o médico, que está internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade de saúde da Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Rodrigo teria contraído problemas no fígado a partir de uma provável infecção pela doença, que foi notificada pelo hospital à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. A pasta informou que recebeu o comunicado na terça-feira e o caso está em investigação. Estão sendo feitos levantamentos para detectar se o paciente era vacinado e o possível local de contágio, caso seja confirmada a febre amarela.
O hospital confirmou à reportagem que está tratando o caso como febre amarela, motivo pelo qual a Secretaria Municipal de Saúde foi avisada. Pela Internet, a informação se espalhou em grupos de Whatsapp e também em publicações pelo Facebook por meio de um pedido de amigos e parentes de Rodrigo. Eles solicitam que quem puder doar sangue vá até a Rua Juiz de Fora, 861, no Barro Preto (Centro-Sul de BH) para fazer a doação ao banco Hemoter, informando o nome do paciente que necessita da ajuda.
Vinculado ao Departamento de Clínica Médica da UFMG, o médico Rodrigo Fóscolo está afastado de suas atividades por uma licença médica e seu caso é acompanhado de perto pela universidade, de acordo com a assessoria da Faculdade de Medicina da UFMG. Rodrigo também atua no Centro Fóscolo, centro de atendimento médico especializado em clínica médica, endocrinologia e metabologia e nutrologia.
O último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado ontem pela pasta, aponta sete casos confirmados de febre amarela de moradores de Belo Horizonte, sendo que três são de pacientes que morreram. Os outros quatro são de pessoas que ou tiveram alta ou ainda estão internadas. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde de BH, até o momento não foi registrado nenhum caso de febre amarela com transmissão na capital mineira. Todos os casos são importados de outras cidades.