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Ao mesmo tempo, 220 mil cidadãos europeus entraram no país no mesmo período, o que representa uma queda de 47 mil em relação ao ano anterior.
Assim, a diferença entre o número de pessoas chegando e saindo (a taxa de migração líquida anual) caiu para 90 mil. Em cinco anos, é a primeira vez que esse número volta a ficar abaixo de 100 mil.
O Instituto Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) afirmou que a queda na taxa líquida pode estar relacionada à decisão do Reino Unido de sair da UE. Porém, de acordo com Nicola White, chefe de estatísticas de migração internacional da ONS, a decisão de migrar é complicada e pode ser influenciada por inúmeras razões.
A migração de países que não fazem parte da UE, porém, está em alta. Cerca de 285 mil pessoas chegaram ao Reino Unido nos 12 meses encerrados em setembro, e apenas 80 mil foram embora. A diferença de 205 mil é a maior em seis anos para os estrangeiros de fora da UE.
Além disso, 125 mil britânicos deixaram o Reino Unido no mesmo período, e 73 mil retornaram ao país. Ao todo, a taxa líquida de migração é de 244 mil, ou seja, o número de pessoas que entrou no país no período considerado menos as que foram embora.
Esse número está bem longe da meta anunciada pela primeira-ministra Theresa May, que prometera reduzir a taxa para abaixo de 100 mil. May também prometeu restringir os direitos de cidadãos europeus no Reino Unido depois do Brexit e conter a migração de países que não fazem parte da UE.
O Brexit foi aprovado por 51,9% dos britânicos em referendo realizado em julho de 2016, mais de quatro décadas depois de o país aderir ao bloco comunitário europeu. Desde então, o país vem negociando o divórcio com a UE.