O interventor federal na Segurança Pública no Rio de Janeiro, general do exército Walter Souza Braga Netto, afirmou, na manhã desta terça-feira (27), que “O Rio é um laboratório para o Brasil”, disse Braga Netto. O objetivo da intervenção federal, segundo ele, é “recuperar a credibilidade” da segurança pública no estado.
O general Braga Netto participou da ação de ocupação da Maré pelo Exército entre 2014 e 2015, mas segundo ele, as ações não devem se repetir: “Não existe planejamento de ações permanentes em comunidades”. Ainda segundo ele, é fundamental valorizar as polícias, aumentar recursos no setor de inteligência, fortalecer corregedorias e deixar legado. Por conta da violência, o estado está sob intervenção federal até 31 de dezembro deste ano.
De acordo com o general, “toda a sistemática” da segurança pública será mantida num primeiro momento, até que tudo seja avaliado. Além do interventor, participaram da coletiva o chefe de gabinete da intervenção, Mauro Sinott; o secretário de Administração Penitenciária, David Anthony; o secretário de Segurança, Richard Nunes; e o secretário de estado de Defesa Civil e o comandante dos bombeiros, Roberto Robadey Costa Junior.
Questionado sobre a primeira medida a ser tomada, Braga Netto, disse que é a instalação do gabinete e que, depois, tomará uma série de providências para que a população “perceba” a sensação de segurança.
As polícias serão valorizadas através da nomeação de chefes e comandantes escolhidos dentro das próprias corporações. O aumento de investimentos também é um objetivo já que, atualmente, representam apenas 0,00003% do orçamento da segurança.
Ministro-chefe Sérgio Etchegoyen negou fichamento de moradores
Nesta segunda (26), o ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sérgio Etchegoyen, afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que o Exército não está fichando, nem fotografando moradores de favelas no Rio de Janeiro. Na última sexta, agentes da Força Nacional abordavam moradores da Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia, na Zona Oeste, e fotografavam os seus documentos de identificação.