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Uma declaração do gabinete do primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, disse que o embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Iraque, Hassan Ahmed al-Shihi, apresentou a proposta em nome de seu país ao ser recebido por Abadi em seu gabinete.
“O xeque Mohammed bin Zayed Al-Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi, propôs a oferta de reconstrução da mesquita al-Nuri e seu minarete al-Hadba, um dos marcos mais famosos da Cidade Velha da cidade devastada de Mossul”, disse a declaração.
O embaixador dos EAU disse que um enviado especial dos emirados viria a Bagdá com este propósito, de acordo com o comunicado. Por sua parte, o primeiro-ministro Abadi confirmou a vontade do Iraque de fortalecer as relações com os Emirados Árabes Unidos com base em interesses mútuos dos povos dos dois países, acrescentou.
Ocupação e libertação
Mossul, localizada a 400 km a norte da capital do Iraque, Bagdá, esteve sob controle dos militantes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) desde junho de 2014, quando as forças governamentais abandonaram suas armas e fugiram, permitindo que os militantes radicais assumissem o controle de partes das regiões do norte e oeste do Iraque.
Em 21 de junho de 2017, militantes do EI explodiram a mesquita de al-Nuri e o minarete de al-Hadba, em Mossul, enquanto as forças iraquianas estavam atacando a região, no lado oeste de cidade.
A Mesquita Al-Nuri foi construída em 1172 com seu famoso minarete inclinado, que deu à cidade o apelido de “al-Hadba” ou “o corcunda”. Ela tem um valor simbólico, uma vez que foi o lugar onde o líder do EI Abu Bakr al-Baghdadi declarou o “califado” transfronteiriço no Iraque e na Síria, em sua única aparição pública em julho de 2014.
Em 10 de julho do ano passado, o primeiro-ministro Abadi declarou oficialmente a libertação de Mossul do EI, após quase nove meses de luta feroz para desalojar os militantes extremistas de sua última grande fortaleza no Iraque.