A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (12), o pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, Wilson Jorge Ferreira, de 51 anos. Ele é suspeito de estuprar pelo menos dez mulheres e atuava numa unidade do Bairro Salgado Filho, Região Oeste de Belo Horizonte. A operação que resultou na prisão do evangélico foi batizada de Libertação.
O pastor é investigado pela Polícia Civil e ficou conhecido pelo apelido de “Maníaco da Orelha”, por sempre iniciar seus assédios lambendo as orelhas das vítimas. Ele já havia sido afastado da igreja. Segundo relato das vítimas, o pastor marcava uma reunião a portas fechadas ou oferecia carona, oportunidade em que se aproveitava para assediá-las.
O caso veio à tona por meio de um vídeo que circula nas redes sociais, em que uma mulher invade a sede, durante uma reunião com mais de 3 mil pastores, e expõe o crime. Wilson foi afastado da igreja para apuração dos fatos, mas as vítimas relatam que ele vem tentando intimidá-las.
O pastor Wilson Jorge Ferreira é um dos líderes da congregação e atuante em Belo Horizonte há 25 anos. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa dele, sendo apreendidos diversos aparelhos eletrônicos que seguirão para a perícia. Nós tentamos contato com o Conselho administrativo estadual da Igreja do Evangelho Quadrangular, mas as chamadas não foram atendidas.
Outro
Outro pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular é suspeito de abuso sexual. Desta vez a denúncia é contra um pastor do Templo que fica no Bairro Conjunto Henrique Sapori, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana. O suposto abusador foi preso no último sábado. A Itatiaia teve acesso, com exclusividade, ao boletim de ocorrência registrado no fim de semana.
A vítima, de 25 anos, relata que foi contatada pelo autor, pelo Whatsapp, para serviços de massagem. A mulher teria informado o endereço do salão em que trabalhava, porém o pastor insistiu para que o serviço fosse prestado na casa dele. Durante a massagem, a jovem relata que o pastor começou a assediá-la e diante das negativas, forçou o ato sexual. No boletim, o autor afirmou que o ato teria sido consentido. Como o caso ainda será apurado pela polícia, por medidas de segurança, a Itatiaia optou por preservar o nome dos envolvidos.