Era dia de homenagens para Bebeto de Freitas, falecido na Cidade do Galo na véspera do confronto. Mas virou a noite terminou com alívio, mas preocupação. O Atlético passou na Copa do Brasil, mas precisou eliminar o Figueirense em casa nos pênaltis (4×2).
A equipe mineira recebeu os catarinenses no Independência na noite desta quarta-feira (14), e perdeu por 2 a 1 no tempo normal. Na ida, o Galo venceu por 1 a 0, colocando um pé na vaga. Mas o cansaço no segundo tempo e a falta de qualidade do time de Thiago Larghi ajudou a complicar a situação.
Sorte que não existe mais a regra do gol fora de casa como critério de desempate. Se não o Galo já estaria eliminado no tempo normal. Nos pênaltis, Victor foi salvador, defendendo as cobranças de Jorge Henrique e Diego Renan. Os quatro cobradores do Atlético acertaram os chutes. O próximo adversário será conhecido nesta segunda-feira, e sorteio livre na CBF.
HOMENAGEM, FALHA, REDENÇÃO
O jogo se iniciou após gestos de homenagem para Bebeto de Freitas. A imagem do ex-diretor do Galo foi exibida no telão do Estádio, após o hino nacional. Um minuto de silêncio realizado sob aplausos e gritos da torcida para a lenda do vôlei.
O Figueirense entrou no gramado sob aplausos, carregado uma faixa para se solidarizar à perda de Bebeto. E o time catarinense começou o jogo se sentindo muito bem recebido na partida. Com Maikon Leite, deu bastante trabalho à defesa do Galo.
A equipe da casa tentava cortar as tentativas dos visitantes, mas quase sempre nas faltas. As marcações do árbitro irritaram os jogadores do Galo e, principalmente, a torcida. Enquanto o Atlético tinha dificuldades de sair no contra-ataque, foi justamente um erro num deles (Adilson tocou mal para Ricardo Oliveira) que o Figueira recebeu uma falta no meio da rua.
Victor e a barreira do Atlético se comunicaram mal. Apenas três homens deslocados para o lado, deixando o centro todo disponível para Zé Antônio – aquele mesmo, criado na base do Galo – soltar o canudo e fazer um gol que vale a crítica ao goleiro alvinegro.
O santo do Atlético, inclusive, já havia tomado atitude estranha antes. Numa dividida com o atacante André Luis, Victor recebeu carga no corpo e sofreu a falta assinalada. Ao se levantar, “pagou geral” para o atacante do Figueira.
Atrás do placar, o Atlético viu Adilson crescer com o erro. Uma verdadeira “parede invisível” no meio de campo, roubando bolas e essencial para o empate. Foi ele que viu Ricardo Oliveira livre, na linha da defesa do Figueira, pronto para receber a assistência.
O camisa 9, com categoria, mandou no cantinho de Dênis de canhota, marcando o sexto gol dele em 12 jogos pelo Atlético. No empate, o Galo cresceu e passou a atacar mais.
Róger Guedes, Otero e Cazares se comunicaram melhor. E o pastor quase virou em chute surpresa na entrada da área.
BAIXAS E VACILO
O Figueirense, que já tinha perdido o zagueiro Cleberson antes dos cinco minutos de jogo, teve que fazer a segunda mudança no intervalo. Betinho trombou no colega no fim do primeiro tempo e també deixou o jogo.
O Atlético não ficou atrás, e perdeu Gabriel no vestiário. O zagueiro foi sacado no intervalo, pois iniciou o jogo com quadro clínico de conjuntivite.
O segundo tempo teve baixa rotatividade, com o ataque do Atlético preferindo jogadas individuais do que toques coletivos. Já o Figueira também pouco atacava, preferindo agir no erro do Atlético.
E deu certo. Na metade do segundo tempo, o atacante André Luis fez a parede, mas foi desarmado pela defesa alvinegra. Mas, caído, Leonardo Silva foi afastar o perigo, só que jogou a bola nos pés de Jorge Henrique, que teve só o trabalho de empurrar.
A equipe mandante cansou, principalmente com Luan. Poucos lances de perigo para o gol de Dênis, com cruzamentos errados aos montes. A torcida se irritou nas tentativas frustradas de empatar o jogo. Houve até princípio de vaias. Entretanto, a energia da Massa seria fundamental.
O Figueira tinha mais perna, e criou chances para o terceiro gol. Mas a vaga foi decidida, inesperadamente, nos pênaltis. Jorge Henrique começou a disputa máxima parando nas mãos de Victor. Depois, Diego Renan foi alvo de forte vaia pelo passado cruzeirense, e também falhou. O Galo foi 100% nos pênaltis numa atuação de acender ainda mais o sinal de alerta. Está na quarta fase da Copa do Brasil, mas sem o futebol de encher os olhos.
PÊNALTIS:
Atlético:
Fábio Santos (V)
Ricardo Oliveira (V)
Tomás Andrade (V)
Luan (V)
Figueirense:
Jorge Henrique (X)
André Luis (V)
Diego Renan (X)
Cedrón (V)