Em reunião realizada nesta quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, cerca de 5.000 professores e profissionais da educação da rede estadual de ensino decidiram manter, por tempo indeterminado, a greve iniciada há uma semana. A categoria cobra o pagamento de acordos assinados em 2015 com o governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), e o cumprimento do piso salarial nacional.
A categoria exige que o Executivo do Estado cumpra o acordo que previa três atualizações salariais anuais, além do pagamento de abonos. Com isso, os profissionais teriam vencimentos equiparáveis ao piso nacional para a jornada de 24 horas.
Os grevistas também questionam o parcelamento dos vencimentos, do 13º salário, a ausência de repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), entre outros passivos.
Em nota, a Secretaria de Estado e Educação (SEE) afirmou que o governo do Estado, em reunião com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), reiterou o compromisso de valorizar os trabalhadores da educação e cumprir o acordo assinado em 2015 em sua totalidade. Porém, segundo a pasta, há uma dificuldade em atender parte das reivindicações em virtude da precária situação financeira do Estado e das restrições legais.
Segundo a SEE, na reunião, o governo assumiu o compromisso do pagamento em oito parcelas do saldo da correção do piso nacional de 2016, referente aos meses de janeiro a março de 2016, a partir de abril de 2018; a retomada das nomeações de novos servidores para a educação, até o total de 60 mil, conforme acordo; além do compromisso da implantação do piso nacional do magistério.