Quem nunca se pegou cantando “então me ajude a segurar essa barra que é gostar de você“? Mesmo que você não goste de samba ou pagode, em algum momento da vida já ter cantado esse clássico do Raça Negra e se você é fã do grupo, chegou a hora de matar a saudade. Neste sábado, 17, Raça Negra e Harmonia do Samba apresentam os clássicos do pagode e samba na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte.
O grupo que se tornou um ícone do samba traz à capital o show do seu novo DVD gravado em 2017, Raça Negra e amigos. O álbum revive as canções da banda que foram sucesso nos anos 90 com a participação dos queridinhos do público como Wesley Safadão, Thiaguinho, Bruno e Marrone e outros artistas consagrados, numa mistura de sertanejo e samba, que é cada vez mais comum no cenário musical. “Sou suspeito para falar, mas eu acho incrível essa mistura de pagode, com sertanejo, com samba. O nosso país é muito rico na sua cultura, nos seus ritmos. Quem ganha com isso é o público, que pode ver ao mesmo tempo estilos tão diferentes mas com artistas que eles gostam”, afirmao vocalista Luiz Carlos.
Com 34 anos de estrada e mais de 36 milhões de discos vendidos, Luiz Carlos conta que o grupo não tem planos de gravar nenhum trabalho inédito por enquanto. Para ele, o foco agora é viajar o Brasil levando o projeto Raça Negra e amigos. “Gravamos um DVD com muitas participações especiais, com artistas que sempre tivemos muita admiração e queremos viajar o país levando nossa música’, afirma.
Sucesso desde os anos 90, Raça Negra foi a primeira banda de samba a emplacar uma música na rádio FM. Na época eles chegaram a entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes, com “É tarde demais” que chegou a marca de 600 execuções em um dia. Hoje, com um cenário musical dominado pelo sertanejo, Luiz Carlos afirma que apesar das dificuldades, nem o samba, nem o pagode, nunca deixaram de viajar o país levando o ritmo para todos os cantos.
“O Brasil é maravilhoso! Existe espaço para todo mundo e cada estilo tem o seu momento. Mesmo o sertanejo estando entre as musicas mais tocadas do país, o samba, funk, o pagode, o forró não deixaram de viajar o país fazendo shows. Levando alegria ao público. Quanto mais música melhor”, afirma.