Mais um pré-candidato à Presidência da República se junta à lista de pretendentes que integram o governo federal. Além do próprio presidente Michel Temer (MDB), que já admite que poderá concorrer, e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro (PSC), disse que irá se desincompatibilizar do cargo para concorrer à Presidência da República. No campo dos partidos políticos que integram a base de Temer e participam do governo, há ainda as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, e Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo.
“Eu tenho ainda, obviamente, de conversar com o presidente da República”, disse ontem Paulo Rabello de Castro na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). “Da minha parte a decisão está tomada”, acrescentou, afirmando que não concorrerá como candidato do governo. “Seria uma exorbitância de minha parte dizer que eu saio como candidato do governo”, disse. Questionado com qual candidato à sucessão ao governo de Minas irá se posicionar, Rabello disse que ainda não está discutindo as articulações nos estados. “Estou formando a minha convicção. Somos sozinhos com o povo. Ainda não me detive neste assunto, a não ser para levar em frente o convite que me foi feito há mais de um ano”, disse.
Em tom de campanha, Rabello disse que tem servido lealmente ao governo e desde que assumiu o comando do banco, em julho do ano passado, recuperou o valor de mercado. “Quando entrei não valia nem R$ 59 bilhões. Agora está em pelo menos R$ 150 bilhões”, acrescentou, salientando a importância do estado para impulsionar os investimentos. Em reunião com empresários mineiros, Rabello lançou ontem o planejamento estratégico “Visão Brasil 2035”.