“Hoje retirei o credenciamento de sete funcionários da missão russa para a Otan. Também negarei a solicitação de credenciamento pendente para outros três”, declarou o político norueguês em entrevista coletiva.
Stoltenberg explicou que o Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão política da Otan, apoiou reduzir para dez membros “o tamanho máximo” da representação russa perante a aliança, que ficará composta por 20 pessoas após as saídas anunciadas hoje.
O secretário-geral da Otan ressaltou que as expulsões dos diplomatas “enviam uma mensagem clara à Rússia de que há custos e consequências para o seu padrão de conduta” e especificou que as mesmas ocorrem após “a falta de uma resposta construtiva” ao incidente em Salisbury no dia 4 de março.
“Em linha”
Para ele, a medida está “em linha” com as obrigações legais da Otan. Stoltenberg afirmou que a resposta da Aliança ao envenenamento de Skripal e sua filha Yulia em solo britânico com um agente químico que ataca o sistema nervoso não representa uma mudança no enfoque da organização a respeito das suas relações com a Rússia, que combina o diálogo com uma “defesa forte”.
“A Rússia ainda terá uma missão diplomática perante a Otan. O seu tamanho será grande o suficiente para facilitar o diálogo político entre a organização e a Rússia”, disse o líder da aliança.
Ele destacou que o ataque a Skripal foi a primeira utilização de um produto químico nervoso no território da Otan e indicou que, até ao momento, 25 países-membros da aliança e outros associados já expulsaram “cerca de 140 funcionários russos” devido ao envenenamento.
“Esta é uma resposta internacional ampla, sólida e coordenada”, apontou Stoltenberg. A Aliança do Tratado do Atlântico Norte também expressou solidariedade com o Reino Unido e ofereceu apoio na investigação aberta do caso.