Faltando mais de três meses para o fim do período de monitoramento da febre amarela – que vai de julho do ano passado a junho de 2018 –, Minas já registrou 145 mortes provocadas pela doença.
Até o momento são 413 casos confirmados e, se mantiver a média mensal de crescimento das notificações, o Estado deve ultrapassar a marca alcançada entre 2016 e 2017, quando 475 pessoas foram infectadas pelo vírus. Nas últimas semanas, a média de registros da enfermidade tem aumentado 8%, conforme os boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Juiz de Fora, na Zona da Mata, concentra o maior número de casos no território mineiro. São 27 internações e nove mortes. Em seguida, está Mariana, na região Central, com 27 casos e sete óbitos.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Nova Lima aparece no topo, com 23 registros de febre amarela. Lá, oito pessoas já perderam a vida após contrair a doença. Em Itabira, seis mortes por febre amarela já haviam sido confirmadas em fevereiro. As vítimas são moradores dos bairros Campestre, Gabiroba, Major Lage de Baixo, e das localidades de Morro do Chapéu e Cachoeira. Dos seis óbitos, cinco foram registrados em fevereiro, um em janeiro, sendo cinco homens e uma mulher, todos com idades entre 38 e 54 anos. Ainda de acordo com o boletim em Itabira ainda existem 11 casos da doença em investigação.
Atualmente, a letalidade da em Minas é de 35,1%.
Imunização
Segundo a SES, a principal explicação para o número de casos é a falta de proteção. “Apesar de o índice vacinal já chegar a 91,53%, como a circulação do vírus está totalmente disseminada no Estado, a exposição da população não vacinada (que, estima-se em cerca de 1,7 milhão de pessoas; ou seja, em termos absolutos é um número ainda elevado) proporciona a contaminação pelo vírus e respectiva existência de casos”, informa nota enviada.
Segundo a pasta, os índices de imunização são mais baixos nas zonas rurais, o que favorece a contaminação. Há ainda o problema de pessoas que, devido a informações equivocadas a respeito da vacina, acaba apresentando resistência à proteção. De acordo com o boletim divulgado pela secretaria, ações de intensificação vacinal estão sendo realizadas nos 853 municípios mineiros.