O presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sissi venceu a eleição com mais de 90% de votos, de acordo com as primeiras estimativas divulgadas pela imprensa estatal. O índice de participação, no entanto, ficou abaixo de 50%.
O jornal “Al Ahram” afirma que Al-Sissi obteve 92% dos votos e que 23 milhões de pessoas compareceram às urnas, de um total de 60 milhões de eleitores.
O também estatal estatal “Akhbar al Yaum” e a agência oficial Mena divulgaram números similares.
A participação seria inferior ao pleito anterior, em 2014, que também resultou em vitória de Sissi, no qual 47% do eleitorado compareceu às urnas, segundo os dados divulgados na época e cuja veracidade foi questionada pela oposição.
Os resultados oficiais serão anunciados pela autoridade eleitoral na próxima segunda-feira (2).
Votações estendidas
As eleições foram realizadas entre segunda e quarta-feira em todo o país e as urnas estiveram abertas durante 12 horas por dia. Na quarta, a autoridade eleitoral estendeu em uma hora o período de votação devido ao “aumento do número de eleitores” que estavam comparecendo às seções eleitorais e pelo mau tempo.
A vitória de Sissi era amplamente esperada porque seu único oponente, um aliado seu, não participou de comícios e quase não fez propaganda durante a campanha eleitoral. Sissi apostava em se legitimar com um comparecimento expressivo dos eleitores às urnas, o que parece não ter se confirmado.
Houve denúncias de que parte da população foi estimulada a votar com a distribuição de cestas básicas e dinheiro.
Os partidos de oposição convocaram um boicote às eleições, pois as consideram uma “farsa”.