Mais uma vez, recebemos do nosso amigo e leitor José da Costa Dias, o Zezito, do Centro de Itabira, algumas contribuições muito interessantes para nossa coluna. Em um pequeno texto, ele lembra seus antepassados, destacando o avô, Capitão Raimundo Dias Duarte, que “saiu de Portugal e passou por várias regiões do Brasil, vindo a adquirir terras na região do atual município de Itambé, onde construiu uma fazenda na região conhecida como ‘Cabeça de Boi’ e se casou duas vezes, vindo a ter vinte filhos, dez de cada casamento…”.
Zezito lembra também a importância das áreas rurais, tanto em Itabira quanto em Itambé e também em toda a região que se estende de Nova Era até Vitória, no Espírito Santo, que ele sempre observou e admirou, ora passeando ora trabalhando como ferroviário, função que exerceu por trinta e cinco anos e na qual se aposentou.
Ele considera, inclusive, que “logo após o término da mineração nossa zona rural certamente vai ser o meio de sobrevivência dos bisnetos da atual geração, assim como ocorria há algumas décadas atrás, quando a produção de toda a zona rural percorria grandes distâncias em lombos de burros para chegar às cidades e nossa região produzia de tudo que se pudesse imaginar…”.
Pois bem, está dado o recado: Vamos prestar mais atenção aos potenciais de nossas áreas rurais!
HOMENAGENS
Zezito sugere também lembrar algumas pessoas que merecem ser homenageadas pela sua atuação em prol do desenvolvimento de Itabira, citando as seguintes personalidades:
* Maria da Piedade Barbosa Silva Pires, a “Dona Piedade”, que foi presidente da Interassociação dos Amigos dos Bairros de Itabira de 2001 a 2004, além de ter atuado durante muitos anos na Diretoria e no Conselho Fiscal da própria Interassociação, na Associação dos Amigos do Bairro Cônego Guilhermino e em várias outras entidades comunitárias, seja na área urbana ou na área rural de nosso município – aliás, praticamente toda a família dela sempre participou e continua participando ainda nos dias atuais em importantes organizações da comunidade e também em órgãos públicos de Itabira;
* Otacílio Fernandes Ávila, muito conhecido pelos trabalhos que realizou na escola do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e também por ter sido secretário municipal de Educação em parte da década de 1990 – ele foi o principal responsável pela construção da Escola Ipocarmo, voltada para as comunidades rurais, que nos últimos anos passou a funcionar como sede do Parque Estadual “Mata do Limoeiro” e vem se tornando referência em atividades voltadas para a preservação ambiental e a educação ambiental em Itabira e em toda a região;
* Alexandre Faria Martins da Costa, que foi vereador em Itabira por dois mandatos e ajudou a “tirar do papel” a Comissão de Legislação Participativa da nossa Câmara Municipal, tendo sido presidente dessa Comissão por alguns anos na década passada – essa Comissão foi um dos principais meios de participação da comunidade durante o processo de elaboração do Plano Diretor de Itabira realizado de 2005 a 2006. Atualmente Alexandre é o responsável pela Gerência Regional de Saúde de Itabira, órgão responsável pelas ações da Secretaria de Estado de Saúde em Itabira e mais algumas dezenas de municípios da nossa região;
* Marcos José Soares, conhecido como “Quito”, que atualmente está aposentado, foi conselheiro do Sindicato Metabase de 1997 a 2000 e conselheiro da Aposvale de 1998 a 2011, além de ter atuado como diretor da Associação Comunitária do Bairro São Pedro. Como destaque entre os seus trabalhos, no período em que esteve na Aposvale Quito foi um dos responsáveis pelas ações e campanhas de doação de sangue, mantendo contato diretamente com bancos de sangue e com a Fundação Hemominas.
Agradecemos mais essas contribuições do Zezito e também deixamos aqui nosso reconhecimento aos importantes trabalhos realizados pelos voluntários e líderes comunitários em prol de uma cidade melhor para todos nós.
PROJETOS INTERROMPIDOS
Ao comentar em textos anteriores da nossa coluna sobre a interrupção de alguns projetos importantes iniciados em Itabira, vários leitores entraram em contato para lembrar sobre as dificuldades que vêm sendo enfrentadas para implantação do campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) em Itabira e, em consequência disso, o risco de ficar pelo caminho também mais uma importante proposta, que foi muito discutida em Itabira alguns anos atrás: a criação de um Parque Tecnológico, que deveria abrigar empresas da área de tecnologia e contribuir para o desenvolvimento sustentável e a geração de empregos em nosso município. Aliás, há cerca de 2 (dois) anos, nossa comunidade viveu uma grande polêmica, devido ao conflito de interesses gerado na região onde seria implantado o Parque Tecnológico de Itabira, principalmente pela resistência de parte da comunidade em relação à instalação de uma unidade da Associação de Proteção e Apoio aos Condenados – APAC, que também não era desejada ali por alguns dos responsáveis pelo projeto do Parque Tecnológico.
Pois é… Mais uma vez fica a dúvida com relação à continuidade de importantes projetos criados em Itabira – com certeza muito ainda há de ser dito e muito há de ser feito a respeito dos vários projetos parados ou interrompidos em Itabira… Até breve!
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