A facção islamita Exército do Islã e a Rússia, aliada do governo da Síria, alcançaram um acordo para retirar os combatentes desse grupo rebelde, suas famílias e outros civis da cidade de Duma, a principal da região de Ghouta Oriental, informou hoje (1º) o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Segundo o pacto, os rebeldes, suas famílias e os civis serão retirados da última cidade que resta nas mãos da oposição armada em Ghouta Oriental e levados para o nordeste da província de Aleppo, no norte da Síria.
Segundo o OSDH, o Exército do Islã e as autoridades sírias não concordaram com a remoção dos rebeldes para a região de Al Qalamoun Oriental, que fica ao norte da capital Damasco e está cercada pelas forças governamentais.
O acordo inclui o envio da polícia militar russa para Duma e, depois disso, está previsto que o Exército do Islã ponha em liberdade os presos que mantém sob custódia. Em seguida, serão removidos os doentes e feridos da cidade.
Este é o último pacto alcançado entre a Rússia e as facções armadas que operam em Ghouta Oriental, de onde 46,4 mil pessoas saíram nas últimas semanas, entre elas 12 mil combatentes, em virtude dos acordos entre ambas as partes.
Por outro lado, cerca de 1.300 pessoas serão retiradas de Duma através do campo de refugiados de Al Wafidin e se dirigirão para o norte da Síria, segundo um acordo parcial alcançado anteriormente.
O OSDH informou que estão sendo realizados os últimos preparativos para a saída dessas pessoas. Já foram definidos os nomes dos que serão incluídos na primeira leva, na qual há familiares de combatentes da facção Legião da Misericórdia.
Graças a esses acordos e a uma ampla ofensiva militar que começou em fevereiro, as forças governamentais sírias recuperaram o controle quase total de Ghouta Oriental, que era considerado o principal reduto em mãos de rebeldes nos arredores da capital, Damasco.