Pesquisadores americanos alertam que estudar em períodos que não respeitam o horário biológico da pessoa pode resultar em um pior desempenho acadêmico. O grupo de cientistas das universidades da Califórnia e do Nordeste de Illinois analisou o dia a dia de cerca de 15 mil estudantes universitários logo que eles entraram na faculdade. Além das dificuldades de aprendizado, eles também associaram o “jet lag” social à obesidade e ao consumo excessivo de álcool e de cigarro.
Os cientistas classificaram cada aluno conforme o horário em que ele realizava melhor, baseado nas atividades extraclasse.
Os estudantes poderiam ser cotovias da manhã, tentilhões da tarde ou corujas noturnas. Logo após a catalogação, os pesquisadores compararam o período em que eles estavam na faculdade com seus respectivos resultados acadêmicos.
O grupo chegou à conclusão de que os alunos que têm aulas em horários fora de sincronia com seus ritmos circadianos tendem a apresentar notas mais baixas. Um exemplo seriam os estudantes “corujas noturnas” que cursam disciplinas de manhã – suas pontuações são menores devido ao jet leg social, condição em que os picos de alerta estão em desacordo com os horários de trabalho, de estudos e outras demandas sociais.
“Descobrimos que a maioria dos alunos enfrentava o jet lag durante suas aulas, o que estava diretamente correlacionado com um decréscimo em suas performances acadêmicas”, afirmou um dos autores do estudo ao portal científico Eureka Alert.