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Informações do Aparte, por meio de uma fonte petista, garantem que a decisão de se candidatar por Minas partiu de uma pesquisa interna, encomendada pelo PT nacional, que mostra Dilma com 28% das intenções de voto para o Senado. Na mesma pesquisa, Aécio Neves (PSDB) aparece com 18%, Carlos Viana com 13% e Jô Moraes (PCdoB) com 15%.
No final do ano passado, no entanto, coube ao secretário de Estado de Governo, Odair Cunha (PT), negar à coluna que Dilma disputaria uma das duas vagas do Senado por Minas. Na época, ele era cotado para ser o coordenador de campanha de Fernando Pimentel (PT) à reeleição ao governo do Estado. “Dilma tem sempre um papel importante na história do Brasil e na história do Estado. Agora, é claro que o título dela não está aqui em Belo Horizonte, não está em Minas Gerais. A militância política dela não se deu aqui no Estado. Então, nós não trabalhamos com essa hipótese”, afirmou à época o petista.
Em outubro, durante a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Minas, uma possível candidatura de Dilma pelo Estado ganhou força. Naquele mês, de passagem pelo município de Periquito, em entrevista exclusiva à rádio Super Notícia FM e ao jornal O TEMPO, Lula confirmou que a presidente deposta seria candidata ao Senado, mas havia deixado no ar se a vaga seria por Minas.
Na caravana por Minas, a ex-presidente fez participações importantes ao lado de Lula em diversas cidades, sendo recebida por militantes com gritos de “senadora”. Apesar de ser mineira, Dilma Rousseff fez a maior parte de sua carreira política no Rio Grande do Sul. Após sofrer o impeachment, a petista transferiu seu domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro.
O nome de Dilma, no entanto, não é consenso dentro do PT mineiro, porque outras candidaturas já vinham sendo construídas para disputar as duas vagas para o Senado a que Minas tem direito. Além do deputado federal Reginaldo Lopes (PT), duas mulheres querem a indicação para ser um dos nomes da coligação que deve ser formada por PCdoB e PT para a disputa. A deputada federal Jô Moraes (PCdoB) e a deputada estadual Marília Campos (PT) colocaram seus nomes à disposição dos correligionários para a formação da chapa. Em toda a história, Minas só teve uma representante mulher no Senado. Foi Júnia Marise, eleita pelo PDT para cumprir o mandato no período entre 1991 e 1998.