A Polícia Civil informou que, com a detenção de quase150 pessoas suspeitas de atuar em milícia da Zona Oeste do Rio, o grupo de Wellington da Silva Braga, o Ecko, também conhecido como Didi, será enfraquecido. Ele também estava no Sítio Três Irmãos, na Rua Fernanda, alvo da operação desta sexta-feira, mas conseguiu fugir com ajuda dos comparsas que entraram em confronto com os agentes. Quatro suspeitos morreram na ação.
— Nós não temos dúvidas de que essa foi uma operação exitosa, onde não tivemos nenhum policial ferido e quem resistiu à ação da força policial resistiu com fuzis e armas de grosso calibre e teve uma resposta necessária e suficiente a essa ação. Que os grupos organizados entendam que a Polícia Civil do Rio de Janeiro não vai recuar — disse o chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa.
De acordo com a polícia, o sítio servia de quartel-general para o grupo. Além dos detidos, foram apreendidos 19 fuzis e armas de baixo calibre.
O miliciano Ecko teve ascensão na quadrilha após a morte do irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, também miliciano, em maio abril de 2017, durante uma operação da Polícia Civil em Paciência, na Zona Oeste. Uma fonte da polícia informou que ele estava na festa e, por pouco, não foi preso.
Na época, a escolha de Ecko, usuário de drogas e apontado como um homem violento, como chefe desagradou e provocou um racha entre os integrantes do bando, que domina Campo Grande, Paciência e Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, além de Seropédica e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A principal briga acontece entre Ecko e Thiago de Souza Aguiar, irmão de Toni Ângelo de Souza Aguiar, também um dos chefes da milícia, que está em presídio federal fora do Rio, por ficou enfraquecido. Já Thiago está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. Ecko é foragido da polícia. Contra ele há um mandado de prisão pelo crime de homicídio.
Outro irmão de Carlinhos Três Pontes, Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, também faz parte da milícia, mas por ter perfil mais discreto, cuida da parte financeira do grupo. Em maio deste ano, ele foi condenado a 16 anos, 11 meses e 23 dias de prisão por fazer parte do grupo paramilitar.