De acordo com o secretário municipal de Educação, José Gonçalves Moreira, abril é o mês da Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, em Itabira, muitos alunos portadores do transtorno estão matriculados nas escolas da rede municipal de ensino. Daí, a importância de se debater, cada vez mais, oassunto e a educação inclusiva no município.
“Precisamos despertar um novo olhar, não apenas para o autismo, mas para todos os outros tipos de deficiências, especialmente porque temos muitos alunos que precisam de um atendimento diferenciado. As escolas municipais trabalham diariamente pela inclusão desses alunos – principalmente o Cemae que atua no fortalecimento da educação inclusiva em Itabira -, e o compartilhamento de experiências é extremamente importante para todos nós”, disse o secretário.
Todos os profissionais da educação e prestadores de serviços da área, principalmente aqueles que atuam com alunos portadores de TEA, estão convidados a participar do evento. O simpósio também é aberto às pessoas interessadas no tema, além dos pais dos alunos acompanhados pelo Cemae. Para participar é necessário preencher um formulário. As vagas são limitadas. Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone 3839-2640.
Confira a programação do simpósio:
28/04
8h às 8h40 – Credenciamento
8h40 às 9h – Abertura
9h – Palestra “Diagnóstico e Tratamento do Transtorno do Espectro Autista”, com o neurologista infantil, dr. Marcone de Souza Oliveira.
10h – Palestra “Alfabetização da Criança com Transtorno Autista”, com a psicóloga especialista em Neuropsicologia, Luciana Freitas Silva Magalhães.
11 – Palestra “O Autismo e o Brincar”, com a psicóloga especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e em Transtorno do Espectro Autista, Gleice de Castro Nogueira.
Autismo
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social. O azul foi definido como a cor que simboliza o autismo, porque a síndrome é mais comum nos meninos, na proporção de aproximadamente quatro meninos para uma menina.
Este transtorno não possui cura e suas causas ainda são incertas, porém ele pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para que, assim, o paciente possa se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas o melhor possível. Quanto antes o autismo for diagnosticado melhor, pois o transtorno não atinge apenas a saúde do indivíduo, mas também de seus cuidadores, que, em muitos casos, acabam se sentindo incapazes de encararem a situação.
Os principais sintomas são:
– dificuldade em juntar-se com outras pessoas;
– falar pouco ou não falar;
– insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina;
– pouco contato visual;
– pequena resposta aos métodos normais de ensino;
– aparente insensibilidade à dor;
– repetição de palavras ou frases;
– preferência por estar só; conduta reservada;
– pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente;
– aparenta angústia sem razão aparente;
– não responde às ordens verbais;
– apego inapropriado a objetos;
– dificuldade em expressar suas necessidades.