Com a crise econômica que se desencadeou a partir de 2015, o dólar disparou e impactou duramente no mercado de eletrônicos e informática. Computadores, notebook e tablets encareceram assustadoramente. Daí investir nesses equipamentos atualmente exige somas mais polpudas, principalmente quem necessita de máquinas de alto desempenho, seja para trabalho ou lazer. No entanto, um upgrade pode dar aquela “recauchutada” no computador veterano sem precisar raspar o porquinho.
Troca de placas de vídeo, memórias, fontes, unidades de armazenamento podem melhorar o desempenho de uma máquina antiga, sem grande impacto no bolso. Fizemos um teste com um Apple Macbook Pro 13, da série 2012 –a última leva que vinha equipada com leitor ótico e que foi substituída pelo MacBook Pro Retina.
Essa
No entanto, a configuração básica desse Macbook Pro, com disco rígido de 500 GB e 4 GB de RAM não garantirá uma performance atlética, ainda mais depois das atualizações Sierra e High Sierra que passaram exigir ainda mais da reserva de memória temporária.
Queda desempenho
O tempo de inicialização da máquina saltou de menos de um minuto para cerca de três. Isso sem contar que após o login ele ainda demorava bastante tempo para carregar os softwares e constantemente travava em aplicações mais pesadas, como saídas de arquivos de impressão e finalizações de vídeo. Toda essa letargia e sobrecarga do processador i5 elevava a temperatura da máquina, exigindo mais do cooler, o que impactava na autonomia da bateria.
Ficava incapaz de executar suas tarefas. A solução imediata seria um novo notebook, de preferência um Apple, para poder aproveitar a suíte de aplicativos. No entanto, hoje a versão mais barata do Macbook Pro custa nada menos que R$ 9.800. Um valor extremamente elevado.
Os aparelhos da marca da maçã encareceram assustadoramente com a escalada do dólar. Para se ter uma ideia, em 2014 a versão mais simples da linha Pro custava menos de R$ 5 mil (o que também era um valor assustador se comparado com aparelhos que rodam Windows).
Recauchutada
Nesse caso, a melhor solução era fazer um upgrade no que é possível trocar. Como processador e placa lógica estavam funcionando perfeitamente, trocar o disco rígido por uma unidade SSD faria com que os carregamentos se tornassem mais rápidos e ainda ajudaria na autonomia da bateria.
Outra medida era substituir os pentes e memória RAM. O Intel i5 é capaz de identificar até 8 GB de RAM. Há quem instale 16 GB, mas a máquina só irá utilizar os 8 GB. Então, o melhor a fazer é trocar os dois pentes de 2 GB originais por duas unidades de 4 GB cada.
Nesse upgrade foram utilizados uma unidade sólida SSD Kingston UV400 de 480 GB e dois pentes de 4GB DDR 3 de 1.600 MHz do mesmo fabricante. Um detalhe importante é verificar a frequência da memória, que deve ser a mesma nos dois pentes. Unidades DDR 3 tem versões com 1.600 MHz e 1.300 MHz.
“Meia sola” garantiu sobrevida e economia de quase R$ 9 mil
Não se deve negar que os computadores Apple oferecem desempenho e estabilidade que nem sempre se consegue em máquinas Windows. Mas também é fato que as maçãs tendem a se “deteriorar” rapidamente, muito em função das constantes atualizações do sistema operacional Mac OS X. Por outro lado, trocar um Mac por outro é um investimento muito caro. Assim um upgrade em itens como memória RAM e unidade de armazenamento podem dar um pouco mais de fôlego e produtividade para um computador tão caro.
O custo deste SSD gira em torno de R$ 700. Já os pentes custam R$ 180 cada unidade. Um investimento total de R$ 1.060. Com esse valor seria possível até comprar um notebook de baixo custo habilitado para rodar Windows ou Linux, mas com processadores de baixa performance, como Intel Celeron e RAM de no máximo 4 GB.
Por outro lado, o Upgrade foi uma economia de quase R$ 8.700. Sem contar que o Macbook Pro mais barato oferece o mesmo processador i5 de 2,3 GHz, 8 GB de RAM e SSD de apenas 128 GB.
A troca do disco rígido por uma unidade sólida, além de aumentar a agilidade na leitura e gravação de dados, que se reverte em aumento de performance, também eleva a robustez da máquina. Isso porque, como não há partes móveis no HD (que utiliza uma agulha magnética que corre por discos metálicos), o risco de perda de dados por choque mecânico é praticamente nulo.
Ou seja, uma pancada na máquina com HD pode comprometer as informações gravadas, assim como o funcionamento do próprio disco rígido.
O SSD UV 400 da Kingston ainda conta com carcaça em placas de metal parafusadas, ao contrário de modelos em plástico com encaixe de pressão.
Assim, com valor de uma máquina modesta é possível melhorar consideravelmente o desempenho de um excelente notebook. (Hoje em Dia)