class=”aligncenter size-full wp-image-29823″ src=”https://www.viacomercial.com.br/wp-content/uploads/2018/04/image-20.jpg” alt=”” width=”620″ height=”413″>Não foram poucos os pedidos do técnico Paulo Coco, do Dentil-Praia Clube, para que sua equipe trilhasse um caminho menos complicado diante do Sesc-RJ, maior vencedor da história da Superliga Feminina com 12 títulos. Afinal, estava do outro lado da rede na final da Superliga Feminina, não somente um time de grande tradição, como de qualidade indiscutível, com jogadoras de seleção e um técnico renomado. Consistência, poucos erros, volume de jogo e boa postura defensiva foram os atalhos indicados pelo treinador para que seu time pudesse vencer o primeiro jogo da decisão, que aconteceu neste domingo, no Rio de Janeiro.
Sem conseguir cumprir a maior parte do que havia sido exigido, o Praia facilitou a vida do Sesc, que venceu por 3 a 1 (26/24, 25/19, 22/25 e 25/17) com menos dificuldades do que se imaginava para o momento mais decisivo do torneio nacional. As cariocas estão a uma vitória do título. O segundo jogo acontece no próximo domingo, no Sabiazinho, em Uberlândia. O time mineiro precisa vencer o duelo para forçar o golden set. Tanto individual, como coletivamente, o Praia pouco rendeu. O passe teve dificuldades durante a maior parte do jogo. Mesmo quando ele entrava, a precisão de Claudinha na organização não era completa, limitando o aproveitamento do ataque.
As principais pontuadoras, Garay e Fawcett, não tiveram sequência nas suas viradas, enquanto o Sesc fez um jogo quase perfeito. A ponta Drussyla, do time da casa, esteve em uma inspirada manhã, sendo procurada em vão pela marcação adversária. Com o bloqueio fluminense tocando em boa parte das bolas, o Praia se viu pressionado nas suas tentativas ofensivas, perdendo forças a medida que o jogo se desenrolava.
Com bom posicionamento defensivo, o Sesc jogava tudo pra cima, vendo o outro lado perdido na tentativa de marcação. Em muitos momentos, o confronto parecia ser entre equipes de nível e investimento bastante diferentes.
No começo do jogo, o Praia se aproveitou do nervosismo do Sesc para abrir 10 a 5, fazendo um jogo de mais volume. Aos poucos, as donas da casa foram se recuperando e se aproveitando de erros das mineiras, que permitiram a virada. No 20 a 17, a coisa mudou de lado para o Sesc, que se viu a poucos pontos de sair na frente. A reação praiana fez o jogo ir além dos 25 pontos, com os novos pontos de Drussyla e o bloqueio carioca fazendo a diferença para o 1 a 0 aparecer no marcador.
O poder de reação que seria necessário no segundo set ficou somente na tentativa. O 7 a 2 aberto pelo Sesc logo no início mostrou um Praia abaixo do que havia apresentado na etapa de abertura, com Claudinha pecando na organização de boa parte das jogadas. Sem conseguir sair das adversidades, o time se mostrou perdido e pouco adiantou a inversão de cinco e um de Paulo Coco. Enquanto tinha vários problemas para resolver, o Praia via o Sesc tranquilo e confiante, conseguindo virar boa parte das bolas. Garay e Fawcett pouco rendiam, deixando distante a missão do empate.
Dificilmente o Praia conseguiria fazer um set tão ruim quanto o da parcial anterior. O melhor rendimento durou pouco tempo, com o time logo permitindo a reação do Sesc. Os 8 a 4 se transformaram em um 10 a 10, recolocando as donas de casa de volta no duelo. A evolução de Fawcett e a presença de Carla contribuíram para a troca de pontos, que foi constante até os últimos instantes, antes do Praia levar a melhor para seguir vivo.
No quarto set, a norte-americana seguiu sendo a melhor opção ofensiva do Praia, que conseguiu equilibrar as ações para fazer a vantagem seguir pequena. No entanto, a regularidade praiana foi até a metade da parcial, quando o Rio se descolou no marcador para encaminhar e confirmar a vitória.