O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (18) que o diretor da CIA e indicado para ser o próximo secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, reuniu-se com o líder Kim Jong-un, na Coreia do Norte.
“Mike Pompeo se reuniu com Kim Jong-un na Coreia do Norte na semana passada. A reunião transcorreu muito bem e uma boa relação foi estabelecida. Detalhes da Cúpula estão sendo trabalhados agora. A desnuclearização será uma grande coisa para o mundo, mas também para a Coreia do Norte!”, declarou Trump no Twitter.
A imprensa americana revelou, após essa declaração de Trump, a viagem de Pompeo à Coreia do Norte, dizendo que ela coincidiu com a Semana Santa e que o encontro aconteceu por volta de 1º de abril. Porém, Trump afirmou que o encontro só aconteceu na semana passada.
Fontes citadas pelo jornal “The Washington Post” diziam o encontro foi um esforço para estabelecer as bases para o diálogo dos líderes sobre assuntos delicados, como o programa de armas nucleares de Pyongyang. O histórico encontro entre Trump e Kim está previsto para acontecer entre maio e junho.
Em março, Pompeo foi chamado por Trump para ser o novo secretário de Estado dos EUA, no lugar de Rex Tillerson.
Essa manobra da Casa Branca fez muitos especialistas temerem pelo possível encontro entre os líderes dos EUA e Coreia do Norte, já que Pompeo é conhecido por ter personalidade muito mais bélica que Tillerson.
No entanto, durante sua audiência de confirmação perante o Senado, o ainda diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) se mostrou muito mais comedido do que habitual ao ser perguntado sobre a relação com a Coreia do Norte. “Eu nunca defendi a mudança de regime. Não estou advogando pela mudança de regime”, disse, ao ser questionado pelo senador democrata por Maryland, Ben Cardin.
Aproximação
Enviados sul-coreanos visitaram Washington em março para transmitir o convite de Kim para o encontro com o presidente americano. Trump, que trocou ameaças com Kim ao longo de 2017, surpreendeu o mundo concordando rapidamente em se encontrar com o líder norte-coreano para tratar da crise provocada pelo desenvolvimento norte-coreano de armas nucleares capazes de atingir os Estados Unidos.
Cinco lugares estão em estudo para celebrar a histórica reunião, mas ainda não foram divulgados.