O Atlético foi cirúrgico, um gol em cada tempo. Levou sustos, é verdade, não dominou o jogo como poderia, mas cumpriu a missão em casa e venceu o Vitória por 2 a 1 no Independência.
Ricardo Oliveira marcou o gol que inaugurou o placar, num belo cruzamento de Gustavo Blanco. O pastor daria o passe para o segundo gol, de Róger Guedes, na etapa final. O Vitória, conseguiu diminuir no final, em gol contra o zagueiro Gabriel.
É o primeiro triunfo do Galo no Campeonato Brasileiro 2018, depois de ter perdido para o Vasco de virada na primeira rodada. Agora, enfrentará o atual campeão Corinthians na terceira jornada do pontos corridos, na próxima semana.
GOLS E BOLAS NA TRAVE
O jogo entre dois dos cinco sobreviventes da Copa do Brasil (da 1ª fase até as oitavas) começou com baixa criatividade e muita marcação. O Vitória se apoiou na velocidade do seu quarteto ofensivo, e marcava pressão.
Já o Atlético tentava arrendondar a bola com o trio novo no meio de campo – Adilson, Luan e Gustavo Blanco -, enquanto os pontas Otero e Róger Guedes demoravam a entrar na partida. A defesa teve pouco trabalho, graças a capacidade de desmontagem dos volantes.
Substituto de Elias no time titular, Blanco aumentou sua sequência de boas partidas, fazendo valer a estratégria de Larghi em manté-lo escalado. Numa escapada pela esquerda, o camisa 30 recebeu de Fábio Santos, girou para não deixar a bola sair na ponta e cruzou de perna esquerda na cabeça de Ricardo Oliveira.
O camisa 9, que havia disparado um chute perigoso momentos antes, acertou a cabeçada no canto de Caíque, fazendo o primeiro gol dele no Brasileirão. O Vitória tentava aumentar a presença no ataque, mas os únicos momentos de perigo era na jogada ensaiada num escanteio curto.
A bola áerea parecia mesmo um fator de perigo para a zaga alvinegra. Por outro lado, num jogo em que o árbitro tentava deixar correr, o meia-atacante Rómulo Otero por muito pouco não deixou o Atlético praticamente vencedor da partida, ao acertar a trave do Leão duas vezes, em chutes que pareciam totalmente despretenciosos.
QUEDA DE RENDIMENTO E SUSTOS
No segundo tempo, como se já assumisse a posição de administrar a vantagem mínima, o Atlético espaçou a conexão de seus jogadores de ataque, Otero sumiu e Guedes é quem teve que aparecer, mas sempre parado na falta.
Já o Vitória continuava confiante em conseguir um placar melhor, depositando esperanças em Neilton. O camisa 10 fez uma jogada de perigo ao cruzar de cavacinha e obrigar Victor a sair de forma insegura do gol, num lance que precisou de três intervenções da defesa do Galo para se livrar do gol de empate.
O gás alvinegro escapava com velocidade, mas Larghi ignorava a regra de poder fazer três substituções. Nisso, o time de Salvador viu que o empate era possível e aumentou a marcação.
Numa dessas roubadas de bola, Blanco vacilou no passe e Neilton recebeu no mano a mano com Gabriel. Deu caneta no zagueiro e chutou cruzado. Por muito pouco, a bola não morreu no fundo das redes.
Mas a melhor defesa era o ataqe para o Atlético. Tanto que Ricardo Oliveira dificultava a saída de bola da retaguarda do Vitória ao dar piques empolgantes para cima dos zagueiros e de Caíque.
O camisa 9 recuperou a bola do zagueiro Kanu, na ponta esquerda, e cruzou rasteiro para Róger Guedes só desviar rasteiro e jogar por baixo do goleiro rubro-negro, que pareceu jogar baleado, sentido lesão na coxa.
O jogo estava estável para o Atlético, pois o gol de Guedes foi aos 27 minutos do segundo tempo. Mas Gabriel falharia novamente. Em bola parada do Vitória, ele marcava o baixinho alemão Baumjohann e jogou a bola contra as próprias cordas.
O Atlético ainda teve chance de matar o jogo com Guedes, um dos melhores do segundo tempo, em arrancada que culminou em chute de canhota, passando rente a trave. E o Vitória, por sua vez, se jogou no ataque e atacava pela ponta esquerda, com o grandalhão Denilson. Ele disparava e tocava para trás. Numa dessas, Yago obrigou Victor a salvar o Galo.
Um jogo movimentado nos momentos finais, dando resultados para Thiago Larghi manter Gustavo Blanco no meio de campo, mas colocando em pressão o zagueiro Gabriel, que não faz um ano tão positivo.